Crítica: O Último Ato

0
13936

Al Pacino é conhecido por seus papéis em filmes icônicos, geralmente com uma significativa carga de ação. Agora, ao auge de seus 74 anos, o ator já não investe muito na ação, porém demonstra seu poder de atuação de outras maneiras.

Em O Útimo Ato (The Humbling), Al Pacino explora um forte lado psicológico de um ator no fim de sua carreira na pele de Simon Axle. Baseado no livro A Humilhação, de Philip Roth, a obra nos mostra a vida de Simon, um renomado ator de Broadway lidando com a decadência de sua carreira após sofrer um acidente em cena e ficar impossibilitado de atuar perfeitamente devido à problemas psicológicos.

Último Ato
Al Pacino em O Último Ato | Imagem: California Filmes

Enquanto fica afastado, Simon começa a sofrer problemas com mulheres. Primeiramente com Pegeen (Greta Gerwig), uma conhecida do hospital que odeia seu ex-marido por conta de um abuso à sua filha e começa a perseguir Simon, tentando contratá-lo para matar o mesmo. Logo depois aparece Sybil (Nina Arianda), filha de amigos próximos, que declara sempre ter tido uma paixão por ele, mesmo sendo criança na época. Sybil e Simon começam um estranho relacionamento e assim somos levados pelos acontecimentos.

A produção representa uma peça de teatro, com seus diálogos encaixados e sua ambientação. Chega a lembra Birdman, pela semelhança na ambientação de teatro e dilema principal dos protagonistas. Mas mesmo parecidos, tratam de assuntos completamente diferentes, O Último Ato não é focado em um ator tentando se reerguer e sim em um debilitado tentando se encaixar novamente no seu mundo.

The Humbling
Pegeen | Imagem: California Filmes

A grandeza da obra está nas atuações. Claro que Pacino se destaca,mostrando que ainda tem todo seu potencial representando problemas psicológicos em pequeno detalhes, com muita sutileza. Mas a carga de boas atuações não está só nele, Nina Arianda fez um magnífico trabalho ao lado do mesmo, mostrando uma perfeita sintonia entre os atores. Gerta Gerwig também fez bonito em suas participações.

O Último Ato é uma linda obra, mas cai no problema que a maioria das obras focadas no psicológico tem: é feito para um público especifico. Apenas os mais chegados nos filmes que investem mais no artístico do que na movimentação irão se agradar com O Último Ato. Os que preferem cenas carregadas de ação podem se entediar em alguns momentos, mas o fim compensa o tédio momentâneo.

Veja a ficha técnica e elenco completo de O Último Ato

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por Favor insira seu nome aqui