O aclamado diretor norte-americano Wes Anderson estreia A Crônica Francesa. O filme da Searchlight Pictures e Indian Paintbrush é ambientado na redação de uma revista americana com sede numa cidade fictícia francesa do século XX, e apresenta uma coleção de histórias publicadas no veículo.
Segundo Wes Anderson, o filme é “uma coleção de contos, algo que sempre quis fazer; um filme inspirado na The New Yorker e o tipo de repórter que sempre foi conhecido por suas publicações; e, tendo passado muito tempo na França ao longo dos anos, sempre quis fazer um filme francês, e um filme que fosse relacionado ao cinema francês”. O diretor é fã da The New Yorker desde sua adolescência, quando se tornou leitor regular da revista. “Quando dividíamos um quarto na universidade”, diz o ator Owen Wilson, “ele lia [a revista] o tempo todo, o que era bastante incomum. Acredito que ele não era assinante, porque isso estaria fora do seu alcance financeiro, mas ficava completamente absorvido por aquela revista. Que presente atencioso a todos aqueles escritores”.
Anderson reforça que a grande estrela do enredo de A Crônica Francesa é a palavra escrita, que acontece em muitos níveis diferentes. “Tem o que você vê na tela, tem as legendas, tem a textura da revista e tem a importância do relacionamento dos os editores da revista com a forma de escrever. O herói de toda história é um escritor”, explica o diretor.
O filme começa com o falecimento do adorado editor Arthur Howitzer Jr., da revista A Crônica Francesa – uma publicação dos Estados Unidos de ampla circulação com sede na cidade francesa de Ennui-sur-Blasé. Com isso, a equipe da redação reúne-se para escrever seu obituário e as lembranças de Howitzer fluem em quatro histórias. Saiba mais sobre elas abaixo:
1“O tour de Sazerac”, por Ennui-sur-Blasé (Owen Wilson)
Tour numa cidade antiga que fica em uma colina, com antigas torres de uma catedral e estreitas ruas de paralelepípedos que serpenteiam entre velhas estruturas de pedra. O local possui seu charme e deterioração, sua vida noturna e seu submundo, e é onde todas as épocas parecem se dissolver na essência eterna da França que flui como as águas do vizinho rio Blasé.