Crítica | Amityville: O Despertar

A casa assombra uma nova família

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O endereço 112 Ocean Avenue, Amityville não é estranho para quem acompanha obras de terror. Em 1965 a casa foi protagonista do sangrento massacre da família Defoe, onde o filho mais velho matou seus pais, seus dois irmãos e duas irmãs. O caso foi relatado com vários fatos estranhos e ficou mais bizarro quando a família que comprou a casa após o ocorrido se mudou em menos de um mês, alegando ouvir barulhos de tiros, serem atacados por estranhos enxames de moscas e até mesmo arranhados por uma força estranha. Por isso a casa foi investigada por vários profissionais do ramo ao longo dos anos até que o primeiro livro sobre os fatos, Terror em Amityville, foi publicado e a partir daí inúmeras obras, tanto literárias como cinematográficas, foram feitas.

Amityville: O Despertar é o mais novo longa baseado nessas obras. Totalmente independente dos filmes anteriores, a trama apenas apresenta um novo caso, usando a lenda da casa mal-assombrada. Entretanto, ela não se mantém isolada das produções antecessoras, utilizando-se delas para explicar o motivo da assombração do local e até mesmo aproveitando para fazer referências que geram as melhores piadas do filme.

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Amityville: O Despertar | Imagem: Paris Filmes

Essa produção sofreu um enorme atraso, inicialmente com data marcada para 2012, o longa chega as cinemas apenas agora, 5 anos depois. Esse atraso não foi devidamente explicado, mas serviu para mudar a premissa original, que iria acompanhar uma jornalista investigando os casos, e agora apenas apresenta uma nova família sendo afetada pela casa.

A trama apresenta Joan (Jennifer Jason Leigh) e suas filhas Belle (Bella Thorne) e Juliet (Mckenna Grace), que acabam de mudar para a casa pensando em ajudar James (Cameron Monaghan), gêmeo de Belle que está em estado vegetativo após sofrer um acidente. James apresenta uma melhora, porém parece que a melhora é acarretada pela entidade que assombra a casa e coloca toda a família em perigo.

O longa é um bom horror, em relação aos sustos e clima de tensão, realmente funciona e sabe balancear as cenas mais explícitas entre momentos mais psicologicamente tensos -por mais que abuse do antigo padrão de super exposição dos atores em filmes de terror. As atuações realmente ajudam nesse caso, principalmente a de Cameron Monagham, que entrega um ótimo papel em todos os estágios de seu personagem e de Bella Thorne, que dita o clima com seu terror.

O filme agrada no visual, mas deixa um pouco a desejar em seu roteiro. Algumas resoluções ficam no ar, principalmente referentes à personagem de Jeniffer Morison, que aparece em poucas cenas e não justifica sua existência, nem seu desfecho.



O próprio final do longa deixa a desejar, investindo em criar um clima de suspense por um bom tempo, e resolvendo tudo muito rápido no fim, a produção deixa um sentimento de que algo mais podia ser apresentado, além de deixar uma explicação muito rasa do motivo da família ter se mudado para a casa.

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