Bonecos assustadores não é novidade no cinema- e geralmente são bem aceitos pelo público. Pensando nisso, nada mais lógico que aproveitar o sucesso de Invocação do Mal e criar um longa focado em um dos casos de Ed e Loraine Warren que envolvem uma boneca aterrorizante.
Com roteiro de Gary Dauberman e direção de John R. Leonetti, Annabelle chega aos cinemas trazendo uma boneca que dar medo em qualquer um, mas que na realidade não chega a fazer nada. Isso porque a trama a traz apenas como um objeto condutor para um espírito maligno que está perseguindo Mia (Annabelle Wallis) e John (Ward Horton), que acabaram de ter um filho e começam a testemunhar acontecimentos estranhos em sua casa.
Entre vários elementos, Annabelle possui referências a clássicos do terror, Bebê de Rosemary certamente é o que possui uma influência maior na trama. Entre momentos mais profundos que questionam amor e relacionamentos, a trama se desenvolve de uma maneira mais parada, com poucos sustos e um bom conteúdo de sustentação.
Tanto o motivo para Annabelle estar atacando essa família em particular, quanto breves explicações sobre espíritos malignos e seus objetivos, são bem fundadas e evitam momentos superficiais onde o impressionismo supera a lógica.
Annabelle se mantém satisfatório até seu terceiro ato, onde se torna preguiçoso e por fim entrega um desfecho corrido. Por já ter aparecido em uma caixa de vidro fechada em Invocação do Mal, na casa de Ed Warren, o caminho cristão escolhido e a falta de envolvimento do famoso casal deixa a deixar no final.
Vale lembrar que a boneca dos filmes é muito mais assustadora que a original:

Veja a ficha técnica e elenco completo de Annabelle