Retornando a Salvador, quase 10 anos após sua última edição, a Bienal Bahia apresenta seu time de curadores que têm uma missão especial de contribuir para o propósito do festival: estimular a leitura para transformar o país. Idealizado pela GL events — mesmo grupo que também realiza a Bienal Internacional do Livro Rio, o evento foi repaginado e traz ainda mais conteúdo e espaços para o público.
A Bienal Bahia tem apoio da Prefeitura de Salvador, através de sua Secretaria de Cultura e Turismo, e vai reunir as principais editoras do mercado, autores e formadores de opinião em uma programação cultural para toda família. Durante seis dias de evento, a organização espera receber cerca de 100 mil pessoas, entre 10 e 15 de novembro, no Centro de Convenções Salvador.
A curadoria é assinada por um time renomado no universo cultural. O famoso Café Literário — cartão de visitas da Bienal que, através das narrativas, reúne discussões tão importantes e que apontam os rumos da sociedade — terá programação desenhada pela baiana Joselia Aguiar, autora de “Jorge Amado — Uma Biografia“, título vencedor do Prêmio Jabuti. Ela é também jornalista, com passagem por jornais como A Tarde (BA) e Folha de São Paulo, onde foi correspondente em Londres. Em sua trajetória constam a curadoria da Feira Literária Internacional de Paraty (FLIP), em 2017 e 2018, e também a direção da Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo, entre 2019 e 2021.
“Pensar a curadoria da Bienal Bahia é pensar dentro de uma lógica bastante transversal. Estamos falando sobre arte em geral. Literatura, música, cinema, cultura oral, cultura popular e muito mais atravessam o conteúdo do festival. É uma alegria fazer parte de um festival tão importante para a cultura do livro na Bahia. É preciso fortalecer o hábito da leitura em todo o país e me sinto honrada de colaborar para isso acontecer”, diz Josélia.
Já a programação que transita no universo dos jovens – contará com a participação de grandes nomes da cultura pop debatendo sobre temas atuais e que conectam essa geração de novos agentes de transformação. O espaço terá curadoria do jornalista Schneider Carpeggiani, doutor em Teoria Literária, que também foi curador de eventos como a Bienal do Livro de Pernambuco e Festival de Literatura do Recife. Atualmente, ele atua como editor do Suplemento Pernambuco e do selo Suplemento Pernambuco, mantendo uma relação próxima com a produção cultural do Nordeste.
“É uma alegria participar da curadoria de um evento como a Bienal Bahia e também uma grande responsabilidade. Estamos trabalhando não só para reforçar a importância da leitura, mas também para incluir nos debates temas que são quentes e estão em pauta na nossa sociedade. Estamos preparando um conteúdo que propõe reflexões sobre como a leitura nos torna cidadãos”, comenta Schneider.
Mira Silva, jornalista, roteirista, produtora cultural e diretora audiovisual, vai se dedicar a um espaço destinado exclusivamente aos pequenos leitores, com uma série de atividades lúdicas que aproximam as crianças do universo da literatura. Mira é curadora também da Fliquinha — Festa Literária Internacional de Cachoeira, cidade que fica a 120 quilômetros de Salvador. Sua experiência traz um olhar para a diversidade e riqueza da cultura brasileira que, muitas vezes, foram retratados em programas de TV, documentários, curtas-metragens, criação de exposições, etc, liderados por ela.
“Ser convidada para trabalhar em um evento que tem o livro como protagonista me dá muito orgulho, especialmente quando esse trabalho é focado nas crianças. Em um país onde a educação infantil ainda é tão deficitária é muito importante que existam espaços, eventos que provoquem esse encantamento com os livros nas crianças, que incentivem o hábito da leitura”, celebra Mira.
A expectativa para este novo momento da Bienal Bahia é grande. O evento além de ser este importante palco para diálogos, escutas, reflexões e troca de ideias — elementos fundamentais para criarmos novas possibilidades de futuros — também será um local de diversão, lazer e entretenimento.
“O retorno da Bienal Bahia, quase uma década depois, acontece em um momento bastante importante para Salvador que, com o arrefecimento da pandemia de Covid-19 e a retomada das atividades culturais, vem trabalhando fortemente para colocar a cidade na rota dos grandes eventos, no sentido também de movimentar o turismo e a economia da capital baiana, além de promover aos cidadãos o acesso à cultura”, declarou o prefeito Bruno Reis.
“É com grande alegria que trazemos a Bienal do Livro de volta a Salvador, uma cidade que respira cultura. O nosso objetivo é reviver a história da Bienal Bahia após um hiato de praticamente 10 anos. Queremos consolidar o evento no calendário cultural da região. O público local está ávido por encontros e novidades e nós estamos preparando uma programação calorosa e cheia de festa como deve ser na Bahia”, afirma Keila Kerber, diretora da GL events, responsável pela Bienal Bahia.