Um dos filmes mais aguardados para os fãs do Universo DC já está nos cinemas. Adão Negro finalmente chega com um dos atores mais carismáticos do cinema, Dwayne The Rock Johnson. E para ajudar o filme ter uma boa direção e uma história cativante merecedora de um personagem cheio de camadas estão o diretor Jaume Collet-Serra, que esteve com The Rock no filme Jungle Cruise, e os roteiristas Jaume Collet-Serra de Rampage: Destruição Total, que pode não ser um filme memorável, mas é divertido e Rory Haines e Sohrab Noshirvani o excelente O Mauritano.
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Só de ter nomes vindos do longa O Mauritano já mostra que a Warner parece pensar em todas as questões que Adão Negro traz como um personagem que em muitos momentos é um vilão, mas também acaba sendo uma versão do Magneto da Marvel, já que seus motivos para ser quem é, são aceitos.
Alia-se a isso, além do carisma de Dwayne Johnson, a chegada da Sociedade da Justiça que os fãs dos quadrinhos aguardam há muito tempo. Mas infelizmente, não é bem isso o recebido na telona. Adão Negro é um filme superficial que preza muito mais em se segurar em cima de seu ator principal e nos conflitos – porrada – do que realmente na profundidade do personagem e em outras questões que se tenta abordar, mas não consegue.
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Para aqueles que já conhecem as HQs, o Kandahq, país fictício da DC, é uma versão do Iraque, onde os EUA fizeram o que bem entenderam. Adão Negro seria uma versão de proteção da cultura deste povo contra a invasão estadunidense que aponta novos terroristas e inimigos a todo instante se não seguirem o seu modo de vida.
E era essa a profundidade esperada para este longa. Uma discussão mais aguçada das camadas deste personagem. Se realmente os fins justificam os meios e até onde os vilões são realmente vilões.
Adão Negro acaba sendo um filme no estilo The Rock, um blocksbuster cheio de aventura, porradas e bons efeitos. Agora resta saber se isso irá realmente segurar os fãs ou ser apenas mais um filme do universo DC que ninguém irá se lembrar e perguntar: cadê o próximo?