Crítica | Alfa

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Atacado por uma matilha, ele consegue ferir um dos lobos, mas decide não matar o animal. O jovem cuida dele e os dois começam uma relação de amizade.

Alfa é um filme simples, com uma fotografia não tão grandiosa e com poucos diálogos. Toda a história vira em torno da amizade que é criada entre o jovem e o lobo.

Como já visto em vários filmes, este tipo de relação não é fácil. Envolve confiança e muita paciência. Já é uma história contada e recontada.

O que torna Alfa diferente, é a sua abordagem. Keda está se tornando um homem, mas ainda com várias dúvidas se é realmente aquilo, o caçador, que ele quer ser. O personagem possui um grande coração, como dito por sua mãe, e com isso ela teme o que possa acontecer com ele em sua primeira caçada.

A relação entre pais e filhos, é abordada de maneira elegante na primeira parte da aventura. Não existe uma chamada para a necessidade dele ser “um homem” ou outros que o olham de maneira diferente por ser o filho do líder. De forma alguma. A sutileza da relação que permeia os filhos que estão saindo de casa e o medo dos pais é bem dirigida.

Durante sua jornada ele terá que aprender da maneira mais cruel o que seu pai ensinou por palavras. E ele irá descobrir que mesmo com todas as palavras, a natureza é mais cruel do que ele pode imaginar.

Sair do conforto do lar, de seus familiares e amigos não é tão simples como muitos pensam. Ele estará sozinho e irá sofrer por cada escolha feita, seja ela boa ou não. Porque mesmo as boas escolhas, trazem alguma consequência, pois nem sempre ela foi a melhor a ser feita. Escolhas só mostram sua face depois de feitas.

Durante a jornada, Keda irá lidar em conhecer seu novo companheiro. Aprender com Alfa sobre a caçada, além de dividir tudo o que é conquistado.

Alfa é um filme para ser visto com a família. Não com os olhos do nascimento da primeira grande amizade entre o ser humano e o lobo, mas de uma jornada de auto conhecimento.

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