Tem sido comum ver filmes que mesclam suspense com situações de sobrevivência. O mais recente é A Queda que estreou recentemente. Porém, existe um ponto crucial que faz um bombar e o outro virar bomba. O longa Blecaute (Radioflash, 2019) apresenta uma trama simples, porém, não entrega nada espetacular. Embora tenha um elenco de fazer inveja, o filme falha ao entregar uma história chata e sem direção.
Blecaute é um daqueles filmes que retratam a vibe “fim do mundo”. Aqui, o diretor e co-roteirista Bem McPherson abusa de elementos do thriller e do horror, mas a composição fica muito estranha fazendo com que seja qualquer coisa, menos um thriller, um horror ou uma ficção científica, já que brinca com elementos do meio. O que me deixa mais chateada e é verdade, foi ter apresentado uma p**a sequência de aproximadamente 10 minutos e ter sido enganada com quase duas horas de uma trama frustrada em seu desenvolvimento.
McPherson abre com uma sequência bem elaborada com a garota Reese (Brighton Sharbino) em um surreal pesadelo de sala de fuga. Mas se trata apenas de um jogo de realidade virtual que ela está jogando em um fliperama. De volta ao mundo real, a vida é bem comum. Infelizmente, sua mãe morreu de câncer há pouco tempo. Resse e seu pai Chris interpretado por Dominic Monaghan, estão jantando quando a energia acaba e leva um tempo para eles perceberem que não se trata de uma falha temporada. Na verdade, é um pulso eletromagnético, ou “radioflash”, evento sobre o qual alguns apocalípticos alertaram há muito tempo.

O que é um pulso eletromagnético?
De acordo com o site Estudo Pratico, o pulso eletromagnético que é conhecido também como PEM, é um fenômeno físico que pode ser decorrente de fenômenos naturais, como explosões solares ou estelares, explosões nucleares ou ainda de grandes correntes elétricas. Falando de uma forma mais técnica, chamamos dessa forma os pulsos de alta energia e de largo espectro, que se propaga pelo espaço gerando um campo elétrico defasado de um campo magnético. Sua frente de onda pode danificar componentes eletrônicos que estejam dentro do campo.
Voltando…
Além de pai e filha, temos o avô Frank (Will Patton), que se antecipou e se preparou para um desastre como esse, que parece ter impactado pelo menos todo o oeste dos EUA. Ele consegue contatar Reese através do rádio de ondas curtas que ele cuidadosamente deixou em sua garagem e convence ela e o pai a deixar a cidade antes que o pânico generalizado se instale e o caos tome conta de tudo. Ambos partem na manhã seguinte, contudo, eles se deparam com o pandemônio já em andamento. Saindo da cidade a caminho do esconderijo nas montanhas, eles enfrentam todo tipo de ameaças que acabam atrasando a chegada deles.
Essas ameaças vão de coisas mirabolantes aos clichês de produções do gênero. É um filme difícil de entender porque a obra sofre com a mescla dos gêneros que foram mal encaixados, com o ritmo irregular ou melhor dizendo, a falta dele e os elementos que fadigam o longa. E mesmo se aproximando do final, não melhora. Apesar de todas essas falhas citadas, temos atuações competentes e a fotografia não é ruim porque evidencia a beleza dos cenários, principalmente, os locais pitorescos de Idaho e, talvez, seja por isso, que ficamos pensando que o roteiro vai chegar no seu melhor momento porque nem todos os aspectos do longa são horríveis. Tem coisa boa aí, mas foi mal amarrada.

O personagem de Patton encara a situação de forma calma e ele dá os passos como se ele mesmo fosse o organizador do dia do juízo final como por exemplo, a cena da farmácia que é um dos momentos que expressam o seu preparo para a fatídica ocasião. Ele evita problemas com um colega saqueador que está claramente procurando opióides e deixa uma nota como pagamento do que pegou no caixa. Sem estresse, sem correria. Como dito anteriormente, ele já estava preparado para isso.
Blecaute tem uma premissa interessante e um começo incrível. Todavia, se revela mais longo do que seus 103 minutos. Em última análise, parece um filme que tem algo a transmitir, mas não está disposto a entregar a mensagem. Além disso, é um filme de gênero retraído e falha em não admitir isso e ousar mais. Tem muita ameaça e situações mirabolantes que impedem de ser uma obra considerada real e de sobrevivência e carece de elementos de suspense o suficiente para funcionar como um thriller direto. No entanto, não falha em prever que não existem pessoas boas em tempos normais e muito menos nas situações em que os protagonistas se encontram.
A produção estará disponível nas versões dublada e legendada para compra e aluguel nas plataformas digitais Claro TV+ (antigo Claro Now), iTunes/Apple, Google/YouTube e Vivo Play e chega no dia 07 de outubro.
Sem duvida , um dos piores filmes que assisti. Horrivel do começo ao fim. Não recomendo nem como punição ao pior criminoso do universo.Me desculpe se alguem gostou, mas estou acostumado com coisas melhores do que este filminho tipico de sesão da tarde,daquelas bem batidas. Minha sorte, que baixei por torrent e deletando em 3.2.1…..