Boa Sorte, Leo Grande é um filme que aborda de modo leve o modo a sexualidade de uma professora aposentada de 55 anos que decide contratar os serviços de Leo Grande, um profissional do sexo, ou “terapeuta sexual“, como ele se denomina.
O que parece que vai ser um filme cheio de clichês e esteriótipos, consegue ter uma linguagem leve e ao mesmo tempo incluir temas pertinentes. Nancy Stokes (Emma Thompson), nunca teve um orgasmo e após a morte do marido, resolve se arriscar para procurar um pouco mais de satisfação em sua vida. Nessa sua busca, acaba por encontrar o profissional Leo Grande (Darly McCormack) com que se abre e explora não apenar a sua sexualidade, mas uma nova maneira de enxergar a própria vida. Os tabus que separam a geração de Nancy e Leo podem ser vistos com clareza nos quase 30 anos de diferença que existe entre os dois personagens principais.

Os dois interagem sempre em um quarto de hotel, onde as discussões envolvem não apenas a vida sexual e os desejos de Nancy, mas o modo como ela encara a própria vida e seus sonhos, suas frustrações e até mesmo uma certa desesperança com um futuro com o qual não pode sonhar. Nancy com todos os seus complexos pessoais e tabus, assim como suas pré-concepções sobre a vida e passa a se questionar e aos poucos vai mudando e desabrochando para a sexualidade e para a própria satisfação pessoal.
Outro ponto positivo de Boa Sorte, Leo Grande é a concepção que uma pessoa 55 anos pode ter uma vida sexualmente ativa, que possui desejos e vontades. Apesar da idade, os sonhos e as vontades ainda persistem e muitas vezes, é a própria pessoa que se considera “velha” demais para ir atrás de seus desejos. Mostrando que, independente da idade o pior inimigo continua sendo seu próprio julgamento. Nem tudo são flores, e os conflitos entre Nancy e Leo surgem quando a professora resolve se intrometer na vida pessoal de Leo, o que não é aconselhável para um profissional do sexo.
Boa sorte, Leo Grande estreou em 28 de julho e está disponível nos cinemas do Brasil.