Há 11 anos, McQueen e companhia chegavam aos cinemas. Em 2006 o filme foi uma verdadeira febre. Uma produção que homenageava a famosa Rota 66 e os admiradores não apenas de carros, mas de viajar. A famosa Highway era o tema por trás de um carrinho vermelho muito chato, com o número 95, que dizia que era A Velocidade. Ao ficar preso na pequena cidade de Radiator Springs, conheceu uma fera das corridas, o lendário Doc Hudson. E lá ele aprendeu que os jovens tem muito a aprender com os mais velhos. E os mais velhos, que ainda tem muito o que viver.
E agora chegamos a 2017! Tudo é mais rápido! A tecnologia, as pessoas, tudo é vivido em frações de segundos. As corridas, assim como as pessoas, são praticamente estatísticas e porcentagens. E é aí que entra essa nova história de McQueen. Nesta nova trama, Relâmpago McQueen (voz original de Owen Wilson) agora é considerado um dos carros mais velhos de sua geração nas corridas e após uma derrota para o novo astro do esporte, Jackson Storm, ele precisará de ajuda para lidar com as novas tecnologias.

Assim aventura inicia-se, logo com a famosa cena do acidente do trailer. Realmente foi uma cena forte e dolorida. Ela é tão real, que teve jornalista colocando a mão na boca nessa hora. Logo depois do acidente, McQueen começa a se questionar sobre quem ele realmente é. As dúvidas se realmente é um velho para correr e deve dar espaço para as novas gerações corre por seu capô.
Mas não é isso que realmente o deixa sem dormir. É não se sentir mais importante, não ser mais necessário e o que realmente ele quer: se divertir. Relâmpago McQueen não é apenas um corredor, ele é um símbolo para uma geração de jovens corredores. E principalmente para uma jovem treinadora, a Cruz Ramirez. Ela traz a motivação para que Relâmpago volte a correr. Mas quem precisa de verdade de motivação e encontrar a fagulha é ela.
E desta maneira os dois começam a se conhecer e ir em busca do antigo mentor do Doc, Smoke.

Agora, como no passado, McQueen terá que aprender que não é mais um jovem, mas alguém que está na meia idade. Podemos até lembrar da entrevista de Brian Fee, diretor do filme, que comentou a respeito da produção para o EW:
“McQueen não é mais a jovem estrela, a criança que era lá atrás, em Carros 1. Ele está no meio de sua vida e, como um atleta, isso o está incomodando. Ele está olhando no espelho e percebendo, ‘Eu tenho 40 anos” e lidando com o fato de que você talvez não possa fazer para sempre aquilo que mais ama”.
E é desta maneira que McQueen e Cruz irão lidar com esta nova realidade, tanto para ele que precisa se reinventar, e para ela que está iniciando sua vida.

Carros 3 é sem dúvida melhor do que o segundo longa e traz toda a essência de aluno e professor de volta. Deixa a lição de que o fim não existe, o que existe são mudanças, que muitas vezes podem serem difíceis de serem aceitas.
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