Resgatando os clássicos de espionagem, a Amazon Prime Video estreia Citadel, série dos Irmãos Russo que relata uma agência de espionagem tentando se levantar após um golpe.
Em seu piloto, a história começa linear mostrando no que irá girar a trama da produção. Apresentando Citadel, uma agência global de espionagem privada, leal a ninguém além do licitante mais alto, com vários agentes em todo o mundo e seus dois melhores agentes em campo: Mason Kane (Richard Madden) e Nadia Singh (Priyanka Chopra Jonas), apoiados pelo técnico Bernard Orlick (Stanley Tucci). Durante essa missão, uma reviravolta mostra uma vingança contra Kane devido sua libertação do centro de detenção de Citadel e um plano bem sucedido de destruir a agência.
Em um salto temporal de oito anos, a narrativa apresenta Kane no futuro, sobrevivente, mas sem memória. Feliz com sua família, ele é atormentando por flashs e tenta descobrir quem era. Em uma destas buscas acaba sendo alvo de Orlick, que resolve se unir a ele para uma nova missão e deixa a promessa de proteger a família de Mason, assim como explicar seu passado a ele. É nesse momento que eles descobrem que Singh também está viva e sem memória, e irá se juntar a Kane para tentar salvar a vida de ambos, agora perseguidos por inimigos da antiga agência.
Anthony Russo e Joe Russo investem em trazer às telas os famosos elementos de espionagem que costumam agradar por gerações os espectadores. Cheia de reviravoltas, traições e artimanhas, Citadel não economiza na ação, brigas corpo-a-corpo e estratégias de sobrevivência que se tornaram tão queridas ao longos dos anos.
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A equipe de roteiro, que conta com nomes como Bryan Oh, David Weil e Josh Appelbaum, faz um ótimo trabalho ao costurar esses elementos em uma trama que se torne convincente, entretanto não conseguem fugir de clichês dramáticos como romances complicados entre agentes, um evidente triângulo amoroso prestes a acontecer e pequenos elementos previsíveis para levar os acontecimentos adiante.
O excesso de flashbacks para explicar pequenas situações também atrapalham um pouco a dinâmica da obra. Os saltos e retornos para explicar os momentos principais da missão fracassada e os acontecimentos ao longo dos oito anos são bem colocados, mas se mostra desnecessário ter um novo flashback a cada pequeno evento na vida pessoal dos personagens.

Já em relação à efeitos e atuações, não há o que reclamar em Citadel. A pontual ação em cada cena é bem medida, mantendo um ritmo estimulante ao longo dos episódios. Coregrafias de luta e momentos mais chamativos são bem colocados, assim como as menções de tortura, que não são explícitas, mas mostradas de uma maneira que conseguem manter a tensão sem apelar para cenas fortes.
Mesmo caindo para alguns clichês, Citadel é uma aposta correta da empresa. Resgatando o melhor da espionagem, investe nos elementos corretos que tanto agradam há décadas e traz um pequeno refresco para aqueles que sentem falta desse tipo de ação na tela. É um bom começo para a ousada franquia que a empresa tenta criar, já tendo anunciado vários spin-offs globais, com produções locais, alguns com produção iniciada.
Citadel estreia dia 28 de abril no catálogo da Prime Video.