Crítica | Dash & Lily

É uma série confortante como Natal deve ser

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Está chegando uma das épocas mais festivas do ano e você não precisa esperar até o Natal para abrir seus presentes. A Netflix nos presenteou com uma série curtinha e muito fofa, a empolgante, Dash & Lily. A produção recém lançada pela streaming é a opção ideal para você fazer uma maratona rápida e divertida, além de esquentar os corações apaixonados e nesse artigo terá todos os motivos para você assistir a essa série. Você aceita o desafio? Se sim, continue lendo. Se não, saia desta página.

Já que você escolheu o desafio, a série é uma adaptação do livro O Caderninho de Desafios de Dash & Lily, dos autores Rachel Cohn e David Levithan, na história, um romance de Natal se inicia quando o hostil Dash e a adorável Lily trocam desafios em um caderno Moleskine vermelho que enviam um ao outro por diferentes lugares de Nova Iorque, e descobrem que têm mais coisas em comum do que imaginavam. Porém, fisicamente eles não se conhecem. Será que vai dar certo?

⁠É a época mais detestável do ano. A alegria falsificada, as multidões bovinas. Os corais que bebem tanto que até esquecem as letras. E, claro, os casais ingênuos que confundem espírito natalino com amor. Também já cometi esse erro. Nunca mais. – dASH

Dash & Lily é uma série curta de 08 episódios com aproximadamente 30 minutos de duração. Dá para assistir numa tarde de sábado. A trama é gostosinha, e nada parada ou chata. Podemos acompanhar o desenvolvimento de dois personagens totalmente diferentes e o mais legal que podemos ver que são as expectativas de cada um que nos dá pontos de vista e ângulos diferentes do mesmo acontecimento. A cada episódio, acompanhamos os desafios de ambos os personagens. E ao mesmo tempo conhecemos um pouco da personalidade, qualidades e defeitos de cada um.

Inicialmente, começamos com o ponto de vista de Dash, ele é um lobo solitário e que acredita que o Natal é uma época detestável. Na sua livraria favorita, Strand, ele encontra o famoso caderno vermelho e aceita participar dos desafios impostos por alguém, supostamente uma menina. Para retribuir, ele desafia a dona do caderninho também. E nessa dinâmica ambos vão se conhecendo, trocam confidências, segredos, momentos felizes e mágoas. É como se fossem cartas, cada um tem o direito de fazer perguntas para se conhecerem melhor e, sempre à distância. E toda essa brincadeira faz com que o espectador mergulhe nas vidas de cada personagem, nos emocionamos com as barreiras conquistadas e torcemos pelo casal que fisicamente não se conhecem.

Um ponto positivo é o cenário. Nova York é linda e o seu ar invernal deixa o Natal ainda mais bonito e apaixonante. A trilha sonora é muito gostosa e aquece de fato o coração de quem assiste. Outro ponto positivo da produção é a inclusão de diversidade étnico racial e LGBTQIA+. Temos um casal gay, temos drags, temos um personagem negro que é muito inteligente e engraçado e outros personagens bem cativantes.

A protagonista Lily é interpretada por Midori Francis descendente de japoneses. Ela é uma menina doce, apaixonante e extremamente certinha. Tem um núcleo familiar um pouco conturbado. Temos a percepção de que seus familiares gostam dela por ela ser a “boa menina” e a partir do momento em que ela começa a sair da própria bolha, começa a ser repreendida pelo avô, pelo pais… a mãe dela é um ser tão apático que nos faz questionar: que mãe é essa? Que não leva em consideração a opinião de sua única filha? Até o pai dela é mais emotivo do que a mãe. E para piorar a situação, ela é vista como uma garota esquisita. Sofreu bullying na escola e depois disso passou a se fechar para o mundo.

Eu não tenho história de amor. E não tem problema. Não preciso ter uma. Eu tenho o Natal. – LILY

Dash interpretado por Austin Abrams. Nosso boy hostil e misterioso. Particularmente, um bom personagem. Ele assim como a nossa garota fofa e “sádica” como ele mesmo menciona, tem um núcleo familiar difícil. Seus pais são divorciados, e quase sempre seus encontros com o pai acabam em discussão. Sua mãe também não é uma figura tão presente. Ele namorava a Sophia, uma bela jovem que precisou ir embora dos EUA devido ao trabalho de seu pai e, por isso, terminaram e temos a impressão de que ele não lidou tão bem com isso.

Lily é uma garota que ama o Natal e Dash é um garoto que detesta esta época do ano. conforme vão trocando os desafios, ambos se conhecem e vão ajudando um ao outro a superarem seus medos. A química de Lily e Dash encanta e funciona muito bem o tempo todo à distância, e o espectador torce o tempo inteiro para que os dois se encontrem o mais rápido possível. Mas quando isso acontece, o bicho pega e nos questionamos quanto o final deles;

Os outros personagens contribuem muito bem no desenrolar da história, infelizmente, não ganham profundidade, uma vez que o foco total é dos protagonistas. Mesmo assim, os coadjuvantes ajudam a dar um “up” na história, como é o caso de Boomer, Dante Brown, melhor amigo de Dash. Ele é divertido, engraçado e dá uma mega ajuda a Dash. Além dele, também temos Sophia, Keana Marie, ex-namorada de Dash, que dá aquela boa chacoalhada na rotina do garoto e faz com que ele reflita sobre algumas coisas.

Por fim, temos um casal clichê que consegue sobreviver aos obstáculos e o final da trama é bem redondo. É fofo, romântico e com uma possível possibilidade de segunda temporada. Outra coisa bem legal é a participação especial dos Jonas Brothers em um show na cidade, com destaque para Nick Jonas que, além de produtor da série, também faz uma participação especial na história e ainda dá conselhos. Essa participação, nos lembra as séries dos anos 90 como The O.C que sempre tinha um show legal de uma banda cool.

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