Crítica | Depois a Louca Sou Eu

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O que faz uma pessoa “normal”? Esta é uma resposta cheia de razões e certezas – também com muitas piadas -, mas que na realidade só levam a fugas do que é o normal, ainda mais quando ela vem junto da saúde mental.

O longa Depois a Louca Sou Eu baseado no livro de Tati Bernardi, dirigida Júlia Rezende e estrelado por Débora Falabella, é mais do que um exemplo sobre a normalidade. Somos apresentados a Dani, uma escritora talentosa, mas que possui diversos problemas como ansiedade, depressão e principalmente o pânico.

Durante esta jornada da infância a vida profissional de Dani, conhecemos todas as primeiras vezes em que ela teve pânico. Conhecemos cada parte do que serve de gatilho para a personagem sofrer com um futuro que ainda não conheceu. Esta é a questão principal deste diálogo: a pessoa que possui este mal, nunca vive o presente ou tem uma mente silenciosa. Ela está sempre em modo de “ses”, “o que irá acontecer”, e sua cabeça com ruídos e gritos, além de tantas pessoas que falam, perguntam, acusam, brincam… que a única opção parece ser fugir.

De forma tragi-cômica, Depois a Louca Sou Eu, não é um discurso cheio de morais ou uma comédia trapalhona de uma pessoa que tem distúrbios. É uma maneira de mostrar o quanto estes problemas afetam o dia-a-dia de cada um, seja esta pessoa homem ou mulher. Mas as principais vítimas com certeza são as mulheres.

Cada uma delas quando apresenta algum problema é sempre taxada como louca ou uma figura. Parece que dizer a verdade, falar sobre pânico, seus medos e como isto afeta cada mulher, é ser transformada em uma “figura”. Outro aspecto é que ninguém jamais escuta os problemas apresentados, principalmente os responsáveis pela área da saúde.

Aqui o filme mostra médicos, psicólogos, terapeutas holísticos, entre outros, que jamais se aprofundam e escutam a personagem, mas jogam suas soluções sem realmente saber do que ela precisa.

Depois a Louca Sou Eu é um filme atemporal, mostrando os problemas de saúde mental, dos sentimentos envolvidos e o quanto esta vida com pessoas imediatistas pode nos transformar em verdadeiros Loucos que perdem sua identidade ao longo dos anos.

Resumo
Nota do Thunder Wave
critica-depois-a-louca-sou-euDepois a Louca Sou Eu é um filme atemporal, mostrando os problemas de saúde mental, dos sentimentos envolvidos e o quanto esta vida com pessoas imediatistas pode nos transformar em verdadeiros Loucos que perdem sua identidade ao longo dos anos.

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