Crítica | Escape Room 2: Tensão Máxima

Escape Room 2: Tensão Máxima é um bom filme para aqueles que curtem uma tensão, principalmente das salas de Escape ou apenas passar o seu tempo sentindo o drama e o desespero de não pisar em falso.

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Depois de um primeiro filme interessante, mas que não passava tanta tensão e deixou um final em aberto, que talvez prometesse um segundo longa superior, Escape Room está de volta.

Com a temática baseada nos jogos de Escape, Escape Room 2: Tensão Máxima, no original Escape Room: Tournament of Champions (Torneio dos Campeões, um tíutlo mais significativo no original), começa imediatamente onde o primeiro acabou, com Zoey (Taylor Russell) e Ben (Logan Miller) tentando se vingar da corporação Minos pelos acontecimentos da trama antecessora.

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Desta vez os dois personagens vão até Nova York e acabam por encontrar outras pessoas que também participaram e sobreviveram ao Escape da Minos. Por esse motivo o nome original é Torneio dos Campeões. Também somos apresentados à pessoa que monta as salas em uma breve introdução e como acontece com a temática de triller psicológico e investigação, assim como nas salas de Escape, é mais do que necessário prestar atenção a todos os elementos apresentados na tela, pois serão fundamentais para a compreensão do filme e inclusive do seu desfecho.

Diferente do primeiro longa, Tensão Máxima segura muito mais o espectador por abordar as salas de Escape e sua real motivação, pois mostra todos os elementos que uma sala desse tipo possui: cadeados, enigmas, trabalho em equipe, tensão e saber discutir sem precisar chegar as vias da violência.

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E este é o ponto principal para a sequência passar muito longe do primeiro. Enquanto no original as salas eram até interessantes de se ver, elas eram mais voltadas para um filme do estilo Jogos Mortais do que realmente de Escape. Além disso os personagens eram egoístas – e realmente eram para ser, devido ao seu passado -, e faltava passar emoção para que o público pudesse sentir empatia por eles.

Eles eram mais personagens parecidos com os adolescentes que todos querem mortos de Sexta-Feira 13 ou Halloween. Já em Escape Room 2: Tensão Máxima, mesmo que eles continuem rasos, as cenas ajudam a compor todo o drama pelo qual eles estão passando.

A base é interessante, mas ainda faltou alguns elementos para que o público possa se identificar e até sentir a dor da perda. Mas isso é algo que poucos thrillers conseguem fazer. De qualquer forma, isso não atrapalha a narrativa e os desafios de cada sala de Escape que são muito inteligentes.

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Além de inteligentes, eles são mais “reais”, e dá vontade de participar de todas as salas presentes em Escape Room 2: Tensão Máxima, lógico, sem a parte de risco de morte.

O filme tem um final interessante, mas muito rápido. O desfecho para toda a proposta é sem sal e as perguntas de como conseguiu sair, onde o outro personagem foi parar, quais eram as ameaças que o antagonista sofria para fazer o que fazia, ficam na mente do espectador. Algumas dão até para entender, pois estarão no terceiro longa. Mas mesmo assim, outras parecem até erro e que alguns personagens foram esquecidos.

No elenco ainda estão a atriz Holland Roden, a Lydia de Teen Wolf; Carlito Olivero, que perteceu ao grupo Menudo (2007 – 2009); Indya Moore, a Angel na série da FX, Pose; Thomas Cocquerel, de The 100, Kidnapping Mr. Heineken; entre outros.

Escape Room 2: Tensão Máxima é um bom entretenimento para aqueles que curtem uma tensão, principalmente das salas de Escape ou apenas passar o seu tempo sentindo o drama e o desespero de não pisar em falso. E nunca ter medo andar, foi tão real quanto nesse filme.

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