Crítica | Good Omens – 1ª temporada

Good Omens, ou como é conhecido no Brasil, como Belas Maldições chegou ao Prime Video como uma – já cumprida – bela promessa de adaptar o livro escrito por Terry Pratchett e Neil Gaiman.

Para uma série que adapta um livro lançado em 1990, Good Omens continua totalmente atual, principalmente com o seu tom característico do humor britânico. Para aqueles que não conhecem, o livro foi uma parceria com o escritor Terry Pratchett (Discworld), que infelizmente faleceu em 2015. Em Belas Maldições, Terry Pratchett e Neil Gaiman se uniram para criar uma engraçadíssima sátira a filmes como “A Profecia” e “O Bebê de Rosemary”, num caldeirão que mistura personagens tão improváveis de se encontrar quanto tibetanos, alienígenas e os Quatro Motoqueiros do Apocalipse.

O livro

Segundo as Belas e Precisas Profecias de Agnes Nutter, o mundo vai acabar num sábado. No próximo sábado, e ainda por cima antes do jantar! O que é um grande problema para os anjos Aziraphale, emissário do Céu, e seu colega Crowley, que na época de Adão ocupava o posto de Serpente do Paraíso. Eles precisam impedir o Apocalipse, porque a Terra é um ótimo lugar para se viver, pelo menos na opinião deles…

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Portanto, eles não têm outra alternativa senão encontrar e matar o Anticristo, a mais poderosa criatura do planeta. O problema é que o Anticristo tem onze anos e, ao contrário de tudo o que você já possa ter visto em algum filme, é um garoto que adora seu cachorro, se preocupa com o meio ambiente e é o filho que qualquer pai gostaria de ter. Além, claro, de ser indestrutível…

A série

Trazer para a telinha um livro tão peculiar e famoso não é algo tão simples. Assim como adaptar qualquer coisa que venha da mente de Gaiman e Pratchett. Por este motivo, a série com 6 episódios tem em sua produção o próprio Gaiman, além de um elenco de peso com os atores Michael Sheen, como o anjo Aziraphale e o sempre inquieto David Tennant, como o demônio Crowley.

A química entre os dois atores é fenomenal e estão muito confortáveis em seus papéis. Os dois são uma dupla totalmente – ou melhor, radicalmente – diferentes entre si, dando um excelente contraste nas discussões entre o bem e o mau.

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Mas não é apenas os dois atores que conseguem brilhar em Good Omens. A atriz Frances McDormand como a voz Deus, traz a tona o tom ácido do humor britânico, dando aquele tempero esperado para a narrativa da série. Mas ela não é um recurso impessoal como muitos usam em séries e filmes, mas alguém integrante para ajudar na comédia.

O arco da série é bem simples, misturando os acontecimentos presentes com algo que ocorreu no passado entre os dois personagens principais. Estas cenas acabam sendo uma quebra interessante e viram um novo episódio, ainda mais para poder conferir um novo tipo de interação entre Sheen e Tennant.

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Alguns aspectos do livro foram retirados, já que como sempre, não dá para levar tudo o que está nas páginas para a TV. Mas o final de Good Omens foi modificado um pouco, não no seu conteúdo, mas sim com ela sendo esticada e melhorada! Um ponto positivo em ter como showrunner o próprio criador do livro.

Good Omens é uma ótima série que adapta, não totalmente, mas de forma convincente, um dos melhores livros já escritos por Gaiman ao lado de Pratchett. E mesmo que nunca tenho lido nada dos dois autores ou mesmo Belas Maldições, irá se encantar totalmente com as desventuras destes dois seres nada angelicais ou endemoniados.