Crítica | Kingdom- Live Action

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Kingdom é uma adaptação cinematográfica da série de mangás de mesmo nome, criada por Yasuhisa Hara e publicada pela Shueisha.

No mangá, milhões de anos se passaram desde os tempos de lendas, quando os mundos dos homens e deuses ainda eram os mesmos. Nestes tempos eram os desejos do homem que mudaram o mundo. É o período da guerra de 500 anos: a Era dos Reinos Combatentes. Kingdom é a história de um garoto órfão e pobre que tem o sonho de se tornar um grande general e assim começando seu caminho de provações e derramamento de sangue que o levarão até o topo das lendas!

Crítica | Kingdom- Live Action 1
Mangá Kingdom | Imagem: Shueisha

O filme segue a mesma ideia, só que muito mais rápido em 2h15 de aventura, onde um órfão de guerra, Xin, vivido por Kento Yamazaki (Another, Jo Jo Bizarre Adventure, Death Note, entre outros), que sonha em sair do seu baixo status na vida como um escravo para tornando-se um dos maiores generais. Xin logo após uma tragédia conhece a pessoa destinada a se tornar o imperador de Qin, Ying Zheng,vivido por Ryo Yoshizawa (Kamen Rider Meteour e Fourze), que acaba de sofrer a perda de seu reino para seu irmão. Zheng prova ser um aliado fundamental na jornada de Xin para a realização de seu sonho. Juntos, os jovens procuram recuperar o trono de Zheng e unir os Estados Guerreiros sob uma única bandeira.

Como todos os longas japoneses – não vou fazer comentários do mangá -, Kingdom segue a regra do herói que durante anos treina para se tornar algo a mais do que os outros.

Crítica | Kingdom- Live Action 2
Kingdom | Imagem: Funimation Films

Ele possui um melhor amigo, Piao, que além de servir de ponto de equilíbrio, é aquele que fará com que Xin perceba que apenas sonhar não é realizar. E que para realizar seus sonhos, ele irá se machucar e ter perdas. Durante esta jornada, a cada batalha que se segue, ele pode cair, mas sempre irá se levantar.

O mote das histórias japonesas sempre seguiu o espírito do guerreiro, daqueles que irão se superar e lutar por causas justas. Kingdom segue a risca este modelo com uma bela história e personagens cativantes, mesmo que o longa não tenha tempo para os apresentar de uma maneira adequada e trazer um pouco mais deles para dentro da aventura.

Basicamente, o filme segue com a linha dos dois personagens centrais que desejam realizar algo e são impedidos por outros. A jornada do herói que tantos já conhecem, mas que nas histórias dos mangás, animes e longas do país do Sol Nascente são contadas há décadas.

Aqueles que caem de paraquedas podem até comparar com Game of Thrones, e estarão ao mesmo tempo errados e certos, já que este tipo de aventura é narrada muito antes de GOT sequer pensar em existir. Lutas pelo trono, irmãos que traem seu sangue, o poder que passa de um lado para o outro etc, são temas recorrentes e até clichês na narrativa japonesa.

Kingdom, além de história e bons personagens, possui uma ótima fotografia e trilha sonora. É uma pena que ele não possa ser visto nas grande telas no Brasil. Ou quem sabe, ainda possa.

Este é sem dúvida um ótimo filme, que fez jus a sua estreia no Japão, que foi em abril deste ano e chega ainda este mês nos EUA. É uma bela aposta da Sony e Toho em levar mais deste tipo de história para o público americano, que nos últimos anos tem consumido, mesmo que de maneira indireta e adaptados, produtos japoneses.

O mangá também já teve uma adaptação em anime que durou 2 temporadas, de 2013 a 2014 e agora o filme.

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