Crítica | L.O.C.A – Liga das Obsessivas Compulsivas por Amor

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Existem poucas obras que tratam de relacionamentos abusivos atualmente, e abordar o assunto de uma maneira bem humorada é uma boa pedida. L.O.C.A – Liga das Obsessivas Compulsivas por Amor faz exatamente isso, brincando com todos os tipo de absurdos que mulheres sofrem, o filme mostra alguns relacionamentos que decididamente precisam ser evitados.

Através da vida Manuela (Mariana Ximenes), Elena (Débora Lamm) e Rebeca (Roberta Rodrigues), a trama mostra diferentes tipos de relacionamentos fadados ao fracasso, que abalam o psicológico das moças. A vida delas se cruzam quando Manuela começa a frequentar as reuniões do L.O.C.A. para fazer uma matéria para a revista na qual trabalha e a união entre elas vai virar um forte vínculo, quando elas decidem mudar a visão do que acreditavam ser amor verdadeiro e começam a se colcar em várias situações complicadas, incluindo vinganças bem peculiares.

Entre as situações engraçadas, várias momentos traumáticos são apresentados e invocam as frases mais escutadas pelas mulheres que lutam contra os parceiros abusivos- seja no relacionamento não assumido que Carlos (Fábio Assunção), ou no absurdo marido que não consegue ser fiel à sua esposa.

Crítica | L.O.C.A – Liga das Obsessivas Compulsivas por Amor 1
/Divulgação

Para começar com o título, que invoca o famoso “Louca”, do qual toda mulher é chamada em sua vida em algum momento, geralmente quando vai contra algum homem. É algo tão comum, que até o trio de atrizes protagonistas assumiram ter ouvido a expressão inúmeras vezes em suas vidas, durante coletiva com a imprensa, e revelação que foi uma grande motivação expor esses abusos.

Dirigido e roteirizado apenas por mulheres, além de contar com uma equipe de produção inteiramente feminina, o longa é resultado de um ótimo serviço de Claudia Jouvin e Carolina Jabor, que mergulham nesse universo e declararam também sua revolta contra a normalização desses tratamentos em coletiva. Usando até momentos que invocam as mulheres sendo queimadas na fogueira- e uma espirituosa vingaça a isso-, Jabor e Jouvin também assumiram suas dores e alegaram que a motivação para esse longa foi um grito de repreensão.

Apresentando todo tipo de complicação entre diferentes relacionamentos, o filme não para apenas em questões amorosas, mas mostra também o lado machista do mercado de trabalho, onde Manuela sofre constantes rebaixamentos de seu chefe Estevão (Otávio Muller), que sempre diz que ela não sabe o que está fazendo quando sugere algo sobre mulheres, em uma revista para mulheres…

Com uma temática interessante, um trio de protagonistas que entregam muito bem seu papel e situações que conseguem entreter enquanto divertem, L.O.C.A – Liga das Obsessivas Compulsivas por Amor passa uma mensagem interessante e chega dia 15 de agosto no Telecine Premium e no streaming do Telecine.

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