Crítica | Mãe, um filme para ser amado e odiado

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Em ‘Mãe!’, a relação de um casal é testada quando visitantes não esperados chegam à sua casa e atrapalham a tranquilidade da família. Do diretor Darren Aronofsky (de “Cisne Negro” e “Requiem para um Sonho”), “Mãe!” é um suspense psicológico sobre amor, devoção e sacrifício. O elenco traz ainda Javier Bardem, Ed Harris e Michelle Pfeiffer.

Crítica sem spoilers! Não vou escrever se é um filme para chorar, tomar sustos, ficar depressivo, etc. Mãe é individual. Cada pessoa, como dito pelo diretor, irá tirar as suas conclusões.

Poucos filmes conseguem ter uma relação de sentimentos tão antagônicos como Mãe. Vaiado e aplaudido no 74º Festival de Veneza, o filme chega as salas brasileiras no dia 21 de setembro.
E o que esperar? Nada, apenas ir e conferir!

Mãe realmente não é um filme fácil de se entender. Poderia até entregar toda a história para que possa seguir junto ao ritmo do longa, mas seria como contar uma charada de trás para frente, da resposta para a pergunta.
O filme tem uma boa narrativa. Não tão fluída como em Requiem para um Sonho e até mesmo Cisne Negro, pois ele apresenta quebras durante a história. Onde iniciamos com a chegada do casal Ed Harris, depois Michelle Pheiffer e no fim seus filhos. E durante toda a narrativa destes estranhos, temos muitas histórias sendo contadas e que ficarão a cargo de quem assiste a interpretar e dar as suas conclusões. Elas podem ser óbvias para alguns e nenhum pouco para outros.
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Como dito pelo próprio diretor, é um “filme para ferrar a sua mente“. E é com certeza! Conversando com outras pessoas, cada um teve uma interpretação. Mesmo seguindo o padrão de todas as dicas já com respostas do pôster com sua alusão a Virgem Maria e o teor bíblico de sua história com personagens como Adão, Eva, Caim e Abel entre outros, ainda assim, aquele que estiver sentado durante as 2 horas deste filme, terá uma vivência única.
O estilo de contar a história por uma câmera sempre acima dos ombros de Jennifer Lawrence é inteligente. Uma visão como dos games de “Survivor Horror” que dá uma sensação de saber o que está ali na frente, a nossa volta e quem chega em nossas costas.
A ambientação pela casa trás a necessidade de aconchego, de se sentir em paz e com a chegada dos estranhos visitantes, este universo começa a ficar estranho, como uma invasão e até mesmo um estupro de nosso corpo.
A trilha sonora é inexistente. O diretor prefere que a música “siga os passos de cada personagem”, de cada barulho da casa e tudo ao seu redor. Ela se mescla a ótima fotografia da obra.
Mãe é como os outros filmes de Darren Aronofsky, uma obra autoral. É um filme do diretor para o público. Ele se vende por esse motivo e não por atores famosos. Como todo o trabalho do diretor, ele não possui um gênero definido, algo que diga o que ele é.
Isto é ótimo, pois nunca sabemos o que esperar de seus filmes. Diferente de ir ver um suspense ou terror e esperar por sustos, sangue e trilha sonora impactante, ou uma ficção científica com temas surrealistas, Mãe é para assistir sem se esperar nada. Apenas absorver e você classificar da maneira que achar melhor.
Distribuído pela Paramount Pictures, “Mãe!” é estrelado por Jennifer Lawrence, Javier Bardem, Ed Harris e Michelle Pfeiffer.
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