O longa-metragem Notre Dame, chega aos cinemas nesta quinta-feira, 11. A trama gira em torno de um acontecimento inusitado que muda totalmente a vida da arquiteta Maud Crayon. Inicialmente, a proposta é interessante, porém, no decorrer do filme, o resultado é desastroso.

A trama acompanha a vida de Maud Crayon que é interpretada por Valérie Donzelli, uma arquiteta, recém-divorciada e mãe de duas crianças, que tem a oportunidade de reformar a praça ao redor da catedral de Notre Dame. E a partir daí, a arquiteta enfrenta situações malucas como um ex-marido que anda pelado pela casa, uma maquete que voa, um amor do passado que volta, uma advogada que morre de repente… e uma gravidez não planejada. O problema maior que causa mais alvoroço é um projeto arquitetônico que tem uma forma diferente.
Os temas que foram inseridos na trama são interessantes, mas o longa não se aprofunda em nenhum e quando parece se aprofundar, erra feio. O tema central é a como a arte provoca as opiniões das pessoas e casa muito bem com o contexto sobre a construção da Torre Eiffel, mas o filme se perde completamente. Antes disso, vemos uma cena em que mostra imigrantes em situação precária, pessoas que se estapeiam nos locais públicos – o fato da agressão acontecer de forma repetitiva poderia ser mais explorado, mas é bizarro o desfecho e o pior, a inserção dos tapas não foi explicada e não precisava de tantos.
O filme mistura fantasia e realidade, mas não fica bom, fica chato, repetitivo e sem nexo. Muita trama secundária acaba deixando a mal feita, mal encaminhada e a trama principal fica pra escanteio. O romance entre a arquiteta e o jornalista cai do céu e a gravidez vem de paraquedas, além da competência profissional da protagonista ser desmerecida a todo momento.
Por fim, o filme dirigido por Valérie Donzelli não impressiona e embora tenha potencial, não desenvolve e fica chato por tanta “reviravolta” mal explicada. O que não é desperdicio são as paisagens francesas e a trilha sonora que não é ruim, de resto, não entrega o que esperamos.