Crítica: Orphan Black- 2ª Temporada

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Orphan Black estreou como um grande diferencial nas séries atuais de ficção científica. Trazendo um assunto que não é exatamente inédito, mas muito pouco explorado nas obras televisivas, a produção é focada em clones que lutam contra a grande organização que as criou para salvar suas vidas.

Se a primeira temporada da série foi impressionante, a segunda não só consegue manter o ritmo como impressionar ainda mais com sua ousadia. Orphan Black é o tipo de série que deixa certa dúvida sobre o futuro, visto que a perseguição aos clones provavelmente não tem material suficiente para evitar ficar cansativa. Essa segunda temporada chega para acabar com essa dúvida, mostrando que há muito a ser explorado e novas situações para serem colocadas no contexto.

***Possíveis spoilers da primeira temporada a seguir***

Para começar, há novas ameaças no caminho do clone club. Logo no primeiro episódio a trama apresenta a existência da seita religiosa Proletheans, que, obviamente, também está interessada nas irmãs. Enquanto isso o desaparecimento de Kira (Skyler Wexler) e Mrs. S (Maria Doyle Kennedy) leva Sarah (Tatiana Maslany) a enfrentar recém apresentada Rachel (Maslany), que possuí um cargo respeitável na Dyad e parece estar envolvida nesse sequestro.

Crítica: Orphan Black- 2ª Temporada 1
Orphan Black Segunda Temporada | Imagem: BBC

Aos poucos a temporada apresenta a resolução desse caso, com muitas outras revelações. Personagens já conhecidos abalam a confiança ao revelarem passados obscuros, outros apenas revelam que na realidade trabalhavam para o inimigo e assim é ditado o clima dos episódios.

A questão da doença que vem matando as clones e o motivo de Sarah poder engravidar é muito explorada nesse novo ano da série, e muito bem explicada, além de abrir um novo leque de possibilidades para o motivo da criação das meninas.

Tatiana Maslany continua impressionando em sua atuação. Agora com as personagens ainda mais envolvidas, a atriz demonstra todo seu talento ao encarnar uma fria “vilã” e ter que lidar com os novos comportamentos estranhos das irmãs, como a pirada de Alisson e os problemas de Cossima. Ao seu lado, Jordan Gavaris (Félix) continua se revelando um maravilhoso coadjuvante, mas quem de fato rouba a cena é a pequena Skyler Wexler, que com um tempo de tela muito maior demonstra um talento enorme para sua idade.

Crítica: Orphan Black- 2ª Temporada 2
Orphan Black Segunda Temporada | Imagem: BBC

Claro que nem tudo é acerto, com por exemplo o novo clone transgênero que aparece como uma ideia muito bacana de representatividade, mas se torna algo tão isolado na história que acaba ficando sem sentido.

No restante, os criadores John Fawcett e Graeme Manson continuam provando que sabem inovar e apresentam acontecimentos que constantemente renovam a trama sem se tornarem repetitivos. A prova final é o gancho que o último episódio deixa, mostrando que podemos esperar mais novidades interessantes que de quebra irão juntar mais algumas pontas soltas na criação das clones.

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