Crítica | Rambo: Até o fim

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O tempo passou para Rambo (Sylvester Stallone), agora ele vive recluso e trabalha em um rancho que fica na fronteira entre os Estados Unidos e o México. Sua vida antiga marcada por lutas violentas, mas quase sempre vitoriosas, ficou no passado. No entanto, quando a filha de uma amiga é sequestrada, Rambo não consegue controlar seu ímpeto por justiça e resolve enfrentar um dos mais perigosos cartéis do México.

Crítica | Rambo: Até o fim 1
John Rambo vive em paz em sua fazenda, mantendo todos os fantasmas dentro de si de uma Guerra da qual nunca voltou.

37 anos depois do primeiro filme, Rambo está de volta. O filme do ex-soldado da Guerra do Vietnã, interpretado por Stallone, mantém suas caraterísticas que o levaram ao sucesso mundial, com muita violência e sem meias palavras, principalmente em uma época em que nada mais se pode falar.

Este que escreve, até teve um leve receio de um novo Rambo para os padrões do século XXI, com um personagem com muitas explicações psicológicas e até “limpo”, pois em qualquer filme de guerra atual o que se vê é sangue falso em fardas totalmente limpas, além de um rosto e cabelos que só tem alguns resquícios de sangue ou desgrenhado. Além de toda explicação psicológica de uma infância conturbada ou a perda de um ente querido, entre tantas que viraram clichês para dar desculpas de quem ela realmente é.

A sujeira da lama, poeira e andar por lugares sujos como esgotos entre outros locais tão reais, sumiram deste gênero de guerra vídeo-game.

Este filme é uma continuação praticamente direta do último, quando vemos Rambo chegando na fazenda onde nasceu.

Crítica | Rambo: Até o fim 2

Ali ele vive pacificamente com mais duas pessoas – não irei soltar spoilers nem de personagens -, e criando cavalos.

Rambo ainda faz alguns trabalhos voluntários para salvar pessoas, utilizando o que aprendeu na Guerra.

Crítica | Rambo: Até o fim 3
A violência nas telas é algo surreal, pois ela é aquela que muitos de nós, em várias situações gostaria de ter feito.

Para as novas gerações, Rambo poderá parecer um personagem estranho, com maneirismos e traumas até ridículos, já que – novamente -, os filmes desde o início do século XXI pouco exploram os reais efeitos da guerra. Principalmente de uma que os EUA parecem tanto querer esconder em seus anais da história que foi o Vietnã.

Rambo continua a sofrer estas amarguras, segurando toda a raiva e traumas que o Vietnã deixou em si. Qualquer barulho, cheiro, seja o que for, traz estas lembranças de volta. Não existe um remédio físico ou espiritual que possa o livrar destas aflições.

O filme é bem rápido e com um roteiro simples, seguindo a linha de toda a franquia. Uma explicação do personagem, que irá o levar de volta a algum tipo de guerra e finalizando com a “caça”. O clímax do longa apenas cresce.

Rambo ainda mantém o seu fator de crítica social, desta vez ao tráfico de pessoas e dando uma bofetada nas pessoas que são abandonadas e mesmo assim querem continuar a busca por aqueles que os deixaram. E é em uma resposta simples e como sempre direta.

Este filme é como todos os outros. É para quem tem estomago em não apenas ver as cenas de violência, que muitas vezes temos muita vontade de o fazer, além de escutar e baixar a cabeça com “mimis” que fazemos em nosso dia-a-dia.

O personagem ainda é o que todos querem distância, mas que buscam para resolver os seus problemas.

Rambo: Até o fim pode não ser o melhor filme, o primeiro continua superior, mas com certeza é o segundo na linha, com uma aventura dramática que irá te segurar na poltrona até o fim.

E que subam as cortinas! Até a próxima!

Rambo: Até o fim leva 4 vidas de 5.

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