Crítica | She Paradise

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Inspirado no curta homônimo de 2019, She Paradise estreia dia 19 de novembro mostrando a busca de Sparkle por uma carreira na dança.

Dirigido e escrito por Maya Cozier, o longa acompanha a jovem de 17 Sparkle (Onessa Nestor), que mora em uma situação precária com seu avô após ser abandonada por sua mãe. Cansada de passar dificuldades, ela resolve tentar carreira como Soca Dancer quando se depara com um processo seletivo.

Crítica | She Paradise 1
She Paradise/ Imagem: Reprodução

Indo muito além da dança, a trama investe no crescimento de Sparkle. Sendo a Soca uma modalidade muito sensual, a protagonista passa pela perda de sua inocência, tanto em relação ao modo infantil como se portava, quanto sua virgindade. Sofrendo com a desaprovação de seu avó pela maneira que as dançarinas se portam, ela também faz um paralelo entre o conservadorismo e o exagero da exposição infantil, enquanto aprende a mentir para conseguir o que quer, inclusive para sua família.

Enquanto os acontecimentos avançam, um pouco da cultura das dançarinas é apresentada, aprofundando na dificuldade que cada uma passa, já que a maioria teve problemas na família, e em como agem como um grupo, uma vez dentro desse núcleo, Sparkle precisa agir como elas, mas também começa a ter apoio- emocional e financeiro.

Crítica | She Paradise 2
She Paradise/ Imagem: Reprodução

Em um assunto como esse, é praticamente impossível deixar de lado a polêmica do estupro que cerca o ramo musical, principalmente quando se refere a um núcleo afrodescente que vende a sensualidade. Isso é muito bem abordado no filme, seguindo organicamente os acontecimentos que levarão à isso e, sem abusar de cenas sensacionalistas, expondo o quanto essa prática ainda é comum nesse ramo.

She Paradise apresenta uma simples história de uma dançarina tentando encontrar seu caminho, mas se aprofunda em culturas interessantes e críticas que merecem ser expostas que aumentam muito a qualidade da produção.

Resumo
Nota do Thunder Wave
critica-she-paradiseShe Paradise apresenta uma simples história de uma dançarina tentando encontrar seu caminho, mas se aprofunda em culturas interessantes e críticas que merecem ser expostas que aumentam muito a qualidade da produção.

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