A nova temporada de The Boys finalmente estreia acabando com a ansiedade dos fãs. Entre as novidades da temporada, está a grande expectativa para a aparição de Jensen Ackles como Soldier Boy, personagem que se mostra muito importante para a história do novo ano.
Lidando com as consequências dos acontecimentos do ano anterior, a nova trama se inicia calma, com Homelander (Antony Starr) sob controle e Starlight (Erin Moriarty) protegida pela Vought por ser influente. Billy Butcher (Karl Urban) está trabalhando para o governo com ajuda de Frenchie (Tomer Kapon) e Kimiko (Karen Fukuhara) e Hughie (Jack Quaid) está feliz em seu trabalho e relacionamento com Starlight. Apenas explorando o resultado de todos os acontecimentos anteriores, a temporada leva alguns episódios com cada um vivendo sua vida enquanto Homelander se torna cada vez mais ameaçador. Eventualmente, tudo se torna grande e os acontecimentos rapidamente chegam ao limite, aumentando as intrigas e traições, que se tornam mais perigosas somadas com o total declínio psicológico de Homelander e forçam novas alianças, resgates de parcerias antigas e a procura pela causa da morte de Soldier Boy, a única esperança de derrotar Homelander.
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The Boys estreou com uma premissa voltada ao machismo e sensualização das mulheres, o que, devido à proposta da série, reforça as críticas gritantes da obra ao mostrar esse absurdo mundo onde tudo isso é totalmente aceitável. Entretanto, desde a temporada anterior, com o fundo crítico já muito bem montável e estável, há uma interessante abertura para deixar de usar esses elementos e investir em protagonismo feminino. O segundo ano da série fez isso muito bem, dando destaque para as mulheres e suas personalidades. Nessa terceira temporada, isso se eleva ainda mais, e não apenas deixam de lado a sensualização feminina, como abusam da exposição e sensualização masculina, sempre investindo no ridículo. Em situações nada sexuais, quase todo o elenco masculino tem uma cena nua nessa trama, enquanto as mulheres se mostram de maneiras cada vez mais recatadas e respeitadas.
Enquanto a temporada anterior explorou o passado dos personagens em flashbacks e diálogos, nessa o passado de todos volta a tona e se junta ao presente, interligando lindamente a narrativa anterior em uma teia de acontecimentos e novamente mostrando o poder do roteiro de recompensar o público com tudo que foi plantado, não deixando nada solto. Frenchie, que já teve seu passado explicado, precisa confrontá-lo agora no presente. Kimiko, que já teve sua criação explicada, lida com seu lado humano e se transforma em uma mulher diferente, enquanto sua relação com Frenchie se torna mais intima e carinhosa.

Enquanto os integrantes do ex-grupo The Boys trilham seu caminho separadamente, há muito a ser explorado da vida de cada um e, contrastando com os outros personagens, Mother’s Milk (Laz Alonso), que durante a primeira temporada teve sua vida pessoal muito explorada, agora se aprofunda em sua criação e o motivo de seus traumas, explicando como começou suas obsessões e se tornando uma peça importante para a trama central.
Enquanto isso, os membros do Os 7 ficam mais ofuscados, tendo suas questões pessoais aparecendo mas muito pouco tempo de tela em relação ao outro núcleo. Black Noir (Nathan Mitchell) é o único que ganha destaque, tendo seu passado interligado a outro personagem e assim explicando sua criação.
Butcher teve um grande crescimento desde a temporada anterior que só continua nessa, colhendo as consequências da morte de sua ex-mulher e mantendo uma relação com Ryan (Cameron Crovetti), enquanto muito do que fez com que ele virasse esse cara violento e canastrão é apresentado em memórias. Ele também protagoniza o evento mais importante da nova trama, que certamente irá agradar aos fãs dos quadrinhos que estavam aguardando para ver quando ele tomaria pela primeira vez o Composto V. O uso da substância em versão temporária e suas consequências é finalmente abordando em tela.
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É Butcher também que liga o principal e mais aguardado incidente dessa trama, sendo o responsável por planejar a busca pela arma que matou Soldier Boy, acreditando ser a única capaz de matar Homelander. Isso inicia uma investigação profunda que mostra o herói no passado, sua equipe e complôs do passado. Claro, sempre mantendo a crítica do machismo e preconceito do personagem.
A terceira temporada de The Boys aumenta a tensão enquanto mantêm sua famosa crítica e costura os acontecimentos, novamente explicando tudo que estava em aberto. Salvo algumas liberdades poéticas que podem incomodar na lógica, geralmente em relação a poderes que parecem funcionar apenas no momento correto, novamente agrada e deixa o gancho para momentos promissores no futuro.
A terceira temporada de The Boys estreia dia 3 de junho na Amazon Prime Video.