“O rapper… ele é um jornalista de guerra, um correspondente de guerra. Ele vê o que tá na rua e leva pras pessoas (sic).”- Marcelo D2
O que é rap? De acordo com o site Infoescola, a expressão rap provém da língua inglesa, com o sentido de Rhythm And Poetry – traduzindo, Ritmo e Poesia. Este estilo é assim denominado porque mescla um ritmo intenso com rimas poéticas, integrando o cenário cultural conhecido como Hip Hop. Nascido na Jamaica, ele se transformou em produto comercializável entre os norte-americanos e tem feito bastante sucesso na atualidade. O ritmo será homenageado na mais nova produção do Amazon Music.
No Brasil, o rap tem se tornado cada vez mais popular. Na última quinta-feira (18), Filipe Ret lançou o single “Tributo ao TTK”, uma homenagem ao Bairro do Catete, no Rio de Janeiro. O clipe conta com outros nomes do rap nacional. Os artistas creditados são Sain, BK, Mãolee, 2nunaip e Erik Skratch, além de Ret.
Aliás, “Tributo ao TTK” também é título de um mini documentário produzido pelo Amazon Music, cuja trilha sonora é integrada pela faixa. A produção abordará um pouco da história do bairro do Catete, que também foi o ponto de partida do TTK, linguagem utilizada para driblar os fiscais da Ditadura Militar (1964-1985). A obra discorre sobre as origens deste movimento e nos apresenta os impactos gerados na cultura urbana do Rio de Janeiro e estará disponível a partir do dia 24 de agosto.
Assim como é explicado por um das personalidades no documentário, o rap é um ritmo que fala sobre os obstáculos enfrentados pelos menos favorecidos e com canções repletas de gírias, unidas às danças urbanas de rua, passaram a constituir o cenário do hip hop. Para completar o visual é composto por inúmeros grafites expostos nas fachadas dos prédios urbanos e muito dos entusiastas gostam de skate e das famosas batalhas de rap.
Na produção é explicado a “gualin do TTK” que é uma linguagem na qual as sílabas das palavras são ditas fora de ordem como a palavra ‘catete’ que se dita ao contrário fica “Teteca”, termo lido como TTK. O musico Marcelo D2, explica que essa maneira de se comunicar já estava presente em outros países como na Argentina.
“A galera falava isso para fugir da polícia, e a malandragem trouxe isso para o Catete. Tive um problema com a Gualin do TTK (risos), teve uma galera que usou isso muito bem, para fazer rap inclusive.” – Destaca Marcelo D2
Assistindo a obra, o telespectador toma conhecimento mais a fundo sobre o bairro carioca e também e uma forma de relembrarmos a trajetória de Felipe Ret que comenta sobre as pichações, a música, o baile de corredor e de favela, além de como foi ser identificado pela primeira vez como “Ret”, através de uma pichação. A produção está muito bonita, pois conta de forma honesta e muito verdadeira um pouco do rap na cena cultural carioca e a importância do ritmo para os artistas do TTK.
Entre entrevistas com artistas da indústria musical do rap e cenas de batalhas de rap ou trechos da faixa que leva o mesmo nome, a produção conta com a direção criativa do rapper Filipe Ret. Os rappers também fizeram parceria com instituições de caridades locais, como Ademafia e Jaxwell, em projetos que beneficiam a comunidade.