Após a conclusão de Fragmentado (2017), Kevin Crumb (James McAvoy), o homem com 24 personalidades diferentes, passa a ser perseguido por David Dunn (Bruce Willis), o herói de Corpo Fechado (2000). O jogo de gato e rato entre o homem inquebrável e a Fera é influenciado pela presença de Elijah Price (Samuel L. Jackson), que manipula seus encontros e guarda segredos sobre os dois.

Este é um filme envolto em dúvidas, ainda mais pelas críticas que Fragmentado recebeu.

Fragmentado ficou dividido entre os que gostaram e aqueles que odiaram. E os haters de plantão da crítica que não entenderam nada do filme.

Falar sobre coisas impossíveis como homens voando e mentes deturpadas como do Coringa ou qualquer outro ser que deseja chacinar o universo é fácil em uma crítica. Já aceitar que possa existir uma pessoa com 24 personalidades, muitas delas parecidas ou idênticas com nosso caráter, isso já é mais complicado.

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Todos possuem um lado obsessivo, criança, e em algum momento já quis matar alguém no trânsito. Apenas não ultrapassamos uma tênue linha. Mas sempre somos tentados a ter “Um dia de Fúria“, como do filme com Michael Douglas.

VidroGlass em seu original, fecha com chave de ouro uma trilogia que nunca ninguém ousou imaginar existir, desde seu inicio com Corpo Fechado, e ficando embasbacados ao descobrir que Fragmentado era um filme de meio.

Agora, Samuel L. Jackson, voltando ao seu papel de Elijah Price, ou Mr. Glass, ganha seu longa.

Como os anteriores, ele segue uma linha Frank Miller e Alan Moore de contar histórias. É denso como as HQs da origem do Demolidor, Cavaleiro das Trevas ou Watchmen. A realidade é mais dura para existir seres fantasiados pulando de um lado para o outro. E em sua maioria, são pessoas com problemas mentais, depressivos, que sofreram algum trauma em sua infância. São aqueles que como Matt Murdock, poderiam ter seguido para o lado dos vilões a qualquer instante, mas preferiram proteger. E ainda assim duvidam de si.

Como em Corpo Fechado, os personagens duvidam de quem são. Mesmo acreditando e vivendo isso durante quase duas décadas. Até mesmo as personalidades da Horda, novamente vividas por James McAvoy, duvidarão de si.

É como uma HQ. Não pense em dividir o filme como muitos o fazem, com seus três atos. Aqui o drama é como um todo. O diretor leva como a vida de qualquer pessoa que não tem divisões, ela é sequencial.

Vidro não supera Fragmentado, mas com certeza leva o expectador e o fã de filmes psicológicos ao deleite. É para ser visto e revisto, como qualquer obra de M. Night Shyamalan.

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E não vá ver Vidro, sem ter conferido uma mini maratona de Corpo Fechado e Fragmentado. E também não ache que será um novo universo como muitos dizem por aí, já que virou moda tudo atualmente virar um Kaiju Universe, DC Universe, “Qualquer coisa que tenha uma leve ligação Universe”, ou até mesmo um filme dos Vingadores, porque ele não é.

E que subam as cortinas! Até a próxima!

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