Dexter Morgan retorna depois de 8 anos, após um dos piores finais que uma série pode ter. Essa afirmação não é exagerada, afinal, esse é o motivo da série retornar, já que nem mesmo os criadores e o protagonista Michael C. Hall gostaram do que deveria ter sindo um final surpreendente, mas só foi decepcionante.
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Ganhando uma nova change com uma temporada inédita, intitulada Dexter: New Blood, a produção tem um retorno truinfal, em seu primeiro episódios, a nova temporada é mais do que sensacional. O espectador se sente como Dexter, após 10 anos – período que o personagem está afastado -, sem ver nenhum sangue e sentir correndo em suas veias a emoção da caça.
O episódio apresenta a nova vida de Dexter,que agora é Jim Lindsay. Um pacato cidadão que mora em uma pequena cidade chamada Iron Lake. Desde os primeiros minutos é possível perceber e sentir toda a angústia que ele sente ao ter parado com seus desejos ocultos. A escolha da cidade é apropriada para um serial killer em recuperação, já que praticamente todos se conhecem e devido a isso, ele é mais do que obrigado a frear seus instintos. Dexter agora trabalha em uma loja onde vende armas de caça. Uma bela escolha.
Além disso, Dexter também namora a policial responsável da cidade, que têm uma filha. Todas excelentes escolhas para a vida de um serial killer que começou fugindo de ter qualquer tipo de relacionamento e a cada temporada apenas se afogou em uma mentira que levou a morte seus entes queridos.
Para ajudar, o serial killer mais amado do planeta ainda deve lidar com alguns sujeitos nada gentis, verdadeiros abusadores com uma história sórdida em seu passado. Isso tudo faz com que Dexter a cada segundo tenha que respirar fundo, fechar seus olhos e tentar conviver com seu novo mundo.
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O mais interessante é que o espectador acaba sendo transportado para dentro de Dexter. Até mais da metade do episódio, a narrativa tão famosa do personagem, onde ele dialoga consigo mesmo, é trocada por um outro estilo externo, que no final acaba retornando para a maneira familiar de representar os pensamentos do protagonista. Isso é fascinante, principalmente por esse primeiro episódio ser praticamente uma tradução da abertura da série que cativou o público. Os elementos são trocados para a sua vida cotidiana e os fãs se vêem cada vez mais absorvidos por essa nova escolha de vida até que tudo acaba mudando.
É sabido que eventuralmente Dexter Morgan retorna oficialmente, com aquele sorriso e a voz que os fãs se acostumaram a ouvir. Assim como o personagem entra em êxtase com os acontecimentos finais, o espectador entra no mesmo clímax, levado a se sentir completo com tudo o que está acontecendo.
É como ficar em uma fila para andar de carrossel quando na verdade queria era entrar na Montanha Russa. E quando está quase no final dela, uma brecha aparece do outro lado e você fura a fila e entra na Montanha Russa. O medo de ser pego te preenche no começo, mas mesmo assim, você continua. Ao se sentar no carrinho, enfim começa a sentir a adrenalina que percorre seu corpo e seu cérebro até tudo terminar.
E com aquele sorriso, você só quer saber… quando repetir isso tudo? Nesse caso, fica a espera do próximo episódio para rever o marcante personagem que enfim chega está de volta em sua melhor forma- a original.