Disney Plus: Qual será o futuro das plataformas de streaming? 1
Disney Plus chega em território brasileiro em novembro/ Reprodução

Muita gente ficou de cabelo em pé quando soube da chegada da streaming Disney Plus aqui no Brasil. Prevista para novembro, a gigante promete entretenimento com conteúdos originais e exclusivos. O catálogo  bem recheado  com todas as animações do estúdio, além dos filmes da saga “Star Wars” e da Marvel – exceto os do Homem-Aranha, que pertencem à Sony – e vários musicais e documentários. Apesar de bem vinda – e muito esperada -, a plataforma, que ainda não tem preço divulgado, levantou uma certa questão muito importante:  teremos dinheiro para pagar tanto streaming? Eis a questão…

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Atualmente, muitas plataformas disputam a atenção dos clientes, prometendo assim, acesso a produções exclusivas, que geralmente não podemos ver na TV aberta. Vamos aos valores:

Netflix – R$ 45,90 (PREMIUM)

Amazon Prime – R$ 9,90

Apple+ – R$ 9,90

Globoplay – R$ 22,90(mensal)

HBO GO – R$ 34,90

E ainda assim o mercado conta com outras plataformas como Starz Play (R$ 14,90) e Looke (R$ 9,90).  Se você é alguém que gosta de diversidade e não tem uma cobra no bolso, o total de todos esses valores no seu orçamento financeiro é de R$ 148,30. Coloque agora na ponta do lápis as contas de luz, de água, de internet e fixo, de celular, mercado, transporte (privado – carro/moto ou público  ônibus, metro, etc), pets ou filhos ou ambos, escola, faculdade, cursos, aluguel, IPTU e por ai vai. A questão é a seguinte: existe a possibilidade da Disney Plus ter o valor de R$ 28,00. Se você somar R$ 148,30 (soma total das plataformas acima) com R$ 28,00 (Disney+), dá o total de R$ 176,30. Será que tem como manter todas essas contas fixas do mês numa renda média de *R$ 2.261,00? Dificilmente você conseguirá manter todas essas contas, ainda mais no atual momento em que vivemos uma crise sanitária, onde os custos de quase tudo (se não tudo) aumentou.

O atual cenário nos convida a refletir sobre nossas prioridades na vida. Será que ter uma quantidade excessiva de plataformas para acesso a conteúdos originais vale tanto a pena se milhares de pessoas não tem o que comer? Se muitas dependem de doações que provavelmente será a única forma dessa pessoa sobreviver em meio ao caos instaurado pela negligência dos nossos governantes e do aparecimento do coronavírus… Se você não notou, fome e gente morando na rua existe há muito tempo, um problema conhecido antes do surgimento da Covid-19 e de qualquer outra doença.

É importante sim, ter acesso a entretenimento. Mas o surgimento de mais uma ou mais algumas possibilidades de acesso a conteúdos diversos, nos faz pensar em ter que abrir mão de uma para ter acesso a outra, afim de caber na balança do orçamento mensal que como foi mencionado anteriormente, já tem outros gastos. É uma novidade para ser questionada e bem pensada…

*Os números são do IBGE e consideram o 4º trimestre de 2019.

 

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