Durante a Festa Literária das Periferias, que acontece no Museu de Arte do Rio – MAR, sob a gestão do Instituto Odeon, cariocas e turistas poderão entrar gratuitamente nas mostras que estão em cartaz na instituição. Até o dia 20 de outubro, além de participar das atividades da FLUP, o público poderá conhecer as exposições “O Rio dos Navegantes”, “Mulheres na Coleção MAR”, “Mulambö”, a sala imersiva “FLUXO” e a mostra temporária do artista Alexis Peskine, que fica até domingo.
A programação completa da FLUP pode ser conferida no site.
Sobre as exposições em cartaz
O Rio dos Navegantes
A mostra traz uma abordagem transversal da história do Rio de Janeiro como cidade portuária, do ponto de vista dos diversos povos, navegantes e imigrantes que desde o século XVI passaram, aportaram e por aqui viveram. “O Rio dos Navegantes” ocupa integralmente o terceiro andar do pavilhão de exposições e a Sala de Encontro, localizada no térreo, até março de 2020. O diretor cultural do MAR, Evandro Salles, é o idealizador e coordenador de curadoria e Francisco Carlos Teixeira, o consultor histórico. Também assinam a curadoria e a pesquisa Fernanda Terra, Marcelo Campos e Pollyana Quintella.
“O Rio dos Navegantes” reúne cerca de 550 peças históricas e contemporâneas, entre pinturas, fotografias, vídeos, instalações, objetos, documentos, esculturas, etc. Estão presentes trabalhos de artistas como Ailton Krenak, Antonio Dias, A
FLUXO
O primeiro espaço imersivo do MAR tem o objetivo de propor ao visitante uma experiência sensorial. A instalação de estreia, FLUXO, foi desenvolvida por uma equipe multidisciplinar liderada pela diretora criativa Liana Brazil, da SuperUber. A sala localizada no primeiro andar do pavilhão de exposições é uma aposta da direção do museu, por meio de sua diretora executiva, Eleonora Santa Rosa, e faz parte de um novo núcleo de trabalho da instituição.
FLUXO é uma experiência imersiva que explora o movimento contínuo, fluido, espontâneo. Ao entrar na sala escura, o visitante perceberá que suas pegadas criam rastros que o conectam a um núcleo onde imagens e sons inspirados na exuberante natureza do Rio de Janeiro surgem de todos os lados. Constelações, águas, tempestades e traçados ancestrais são projetados em telas que envolvem o público e o transportam para um espaço-tempo outro, fora da história, livre de começos-meios-fins.
Mulheres na Coleção MAR
A exposição faz um recorte de obras de mais de 150 artistas históricas e contemporâneas, brasileiras e estrangeiras, que integram o acervo do museu. Estão presentes: Tarsila do Amaral, Tomie Ohtake, Beatriz Milhazes, Güler Ates, Marie Nivouliès de Pierrefort, Abigail de Andrade, Louise Bourgeois, Neide Sá, Jenny Holzer, Leila Danziger, Vânia Mignone e Célia Euvaldo.
Pela primeira vez na história do MAR, a curadoria foi realizada a partir de um processo colaborativo que envolveu cerca de 30 mulheres de todos os setores do museu, entre seguranças, recepcionistas, produtoras, auxiliares administrativas e de serviços gerais, advogadas, jornalistas, designers, museólogas e gestoras. Em uma série de encontros realizados ao longo de dois meses, sob a orientação da equipe de Curadoria e Pesquisa, as funcionárias trocaram experiências de vida e de trabalho, conversaram sobre o universo feminino e a respeito das múltiplas representações da mulher na arte, nos espaços culturais, na família e na sociedade.
Mulambö – Tudo Nosso
Inaugurando o Espaço Orelha, novo ambiente expositivo da Biblioteca e Centro de Documentação do MAR, a primeira exposição individual do artista Mulambö reunirá desenhos e pinturas feitos em diferentes suportes, como papel, papelão, prancha de surfe, bandeira, entre outros, que dialogam com o cotidiano da cidade e suas relações identitárias. O artista, que cresceu entre Saquarema e São Gonçalo, trabalha a partir da restituição de potências, buscando a valorização de símbolos do existir periférico no Rio de Janeiro. Segundo Mulambö, seu trabalho “nasceu da necessidade de encontrar um lugar. Um lugar onde se anda descalço e uma arte com os pés no chão, porque não tem museu no mundo como a casa da nossa vó. Por isso, falo de gente como eu, usando materiais que encontro nos lugares onde vivo”.
Curadoria: Equipe de Curadoria e Pesquisa do MAR
Serviço
Entrada: Visitação gratuita de 16 a 20 de outubro.
Endereço: Praça Mauá, 5 – Centro.
O Museu de Arte do Rio – MAR
Uma iniciativa da Prefeitura do Rio em parceria com a Fundação Roberto Marinho, o MAR tem atividades que envolvem coleta, registro, pesquisa, preservação e devolução à comunidade de bens culturais. Espaço proativo de apoio à educação e à cultura, o museu já nasceu com uma escola – a Escola do Olhar –, cuja proposta museológica é inovadora: propiciar o desenvolvimento de um programa educativo de referência para ações no Brasil e no exterior, conjugando arte e educação a partir do programa curatorial que norteia a instituição.
O MAR é gerido pelo Instituto Odeon, uma organização social da Cultura. O museu tem o Grupo Globo como mantenedor, a Equinor como patrocinadora master, a Bradesco Seguros como patrocinadora, o BNDES como apoiador financeiro e a Rede D’Or São Luiz como apoiadora de exposições por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
A Escola do Olhar conta com patrocínio da Prefeitura do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, Dataprev, TNA, Grupo In Press e BNY Mellon por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS e do Machado Meyer Advogados via Lei Federal de Incentivo à Cultura. O MAR conta também com o apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro e realização do Ministério da Cidadania e do Governo Federal do Brasil por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.