Crítica: Insurgente

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Insurgente ( Insurgent) é a continuação direta de Divergente, adaptado do livro de mesmo nome da autora Veronica Roth que compõe uma trilogia.

Tris (Shailene Woodley) e Four (Theo James) agora são fugitivos e procurados por Jeanine Matthews (Kate Winslet), líder da Erudição. Em busca de respostas e assombrados por prévias escolhas, o casal enfrentará inimagináveis desafios.

Um bom elenco, porém, com algumas ressalvas a se fazer. Shailene o tempo todo leva o filme nas costas e é o novo talento bruto que a todo filme cresce cada vez mais. Theo James teve um certo crescimento e a essa altura a química com sua parceira melhorou, porém, se estagnou com o desenrolar da trama, sem muitos altos e nem baixos.

Insurgente Four
Insurgente | Imagem: Paris Filmes

Miles Teller (Peter) aqui demonstra um lado interessante que temos pouco no livro, o seu personagem ganha um certo lado irônico, e até chega a ser engraçado durante a trama. Pelo menos vemos um ator se divertindo, mas não posso dizer o mesmo de Ansel Elgort (Caleb) que conseguiu ficar mais apagado do que estava na película anterior. E Kate Winslet, que apesar de uma excelente atriz teve uma participação minima, não apenas na trama mas nas cenas em que se precisava dela. Quem leu o livro imaginava uma mulher louca nos momentos mais tensos de sua personagem, e essa loucura foi diminuída. Nem as atrizes contratadas para Insurgente Naomi Watts (Evelyn) e Octavia Spencer (Johana) tiveram um maior espaço para se desenvolver. Ray Stevenson (Marcus) que deveria ter um papel fundamental, foi deixado de lado logo no começo do filme.

Consigo enxergar apenas um problema que possa justificar tudo até agora, roteiro. O filme possuí uma adaptação inferior com relação ao primeiro. A todo momento vemos uma preocupação maior com as cenas de ação do que o desenvolvimento dos personagens, entre os personagens e a trama. A sensação da qual senti foi apenas uma breve passagem pelo plot e alguns furos que existiram no primeiro filme e foram permanecidos aqui. O que antes empolgava, seja pelas cenas de ação ou a trilha sonora que completava ainda mais a história, agora não empolgou tanto.

De fato Shailene Woodley conseguiu tirar leite de pedra para desenvolver a personagem Tris, e Theo James teve como muleta a própria namorada para também crescer. Mas o mesmo não posso dizer dos demais, que não tiveram o mesmo ‘feeling‘ para tentar trabalhar com o script. Zoë Kravitz (Cristina) por exemplo teve sua chance no filme apenas em uma cena chave. E Ansel Elgort apesar de maiores participações não teve um desenvolvimento bom, até quando os outros atores precisavam dele, ele se foi e não sentimos sua falta.

Insurgent
Insurgente | Imagem: Paris Filmes

Insurgente é um longa frenético, com muita ação e violência. A rapidez poderia ter sido contida em alguns momentos para que pudéssemos ter um aprofundamento na história como é a relação entre leitor e livro. A imagem me pareceu escura, onde há momentos de quase breu total e infelizmente o 3D é decepcionante sendo ele convertido, ou seja, não fora filmado para ser 3D e isso apenas para poder lucrar ainda mais com a franquia. Prefira ver o filme em 2D que não perderá nada.

Para quem gostou do livro, é uma boa ver no cinema pois ele continua os acontecimentos. Todo fã da saga irá ver. Porém, me senti um pouco decepcionado com o resultado final. Mas os atores fizeram pelo menos a lição de casa, continuando com os seus monólogos interiores e compondo a cena apenas com olhares e interpretação.

Veja a ficha técnica e elenco completo de Insurgente

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