Júpiter | Novo filme nacional da HBO aborda relacionamento familiar através do xadrez

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Nova aposta nacional da HBO, o longa Júpiter apresenta Rafael Vitti na pele do protagonista que dá nome à obra, um jovem que mora com sua madrinha após a morte de sua mãe. Quando ela consegue uma bolsa na Suiça, o garoto precisa começar a morar com seu pai, que não sabia da existência dele até o momento. O pai é Mario (Orã Figueiredo), um detetive particular de cerca de 50 anos, especializado em flagrantes de adultério. Após uma perseguição – onde ele foge de um marido adúltero – sofre um infarto e é logo após esse incidente que Júpiter entra em sua vida.

A trama não é original, mas a maneira como é empregada ainda não foi utilizada no Brasil, o relacionamento entre Mario e Júpiter se intensifica quando descobrem o xadrez como um gosto em comum, do qual Júpiter chama atenção do pai com seu talento.

Veja também: Crítica | Júpiter

Marco Abujamra, diretor do longa, revelou que o xadrez na trama não é por caso, é um elemento autobiográfico inserido no roteiro. Entretanto, confessa que se fosse escrever o roteiro hoje talvez não usasse esse elemento, dado o sucesso de O Gambito da Rainha, da Netflix, que se destacou exatamente pelo uso do xadrez.

No bate papo com a imprensa, Abujamra revelou que a ideia veio da necessidade de colocar algum esporte diferente para o protagonista praticar e o xadrez traz uma estranheza e uma curiosidade intimista. Vale ressaltar que as gravações foram feitas antes do lançamento de O Gambito da Rainha.

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Rafael Vitti, Orã Figueiredo e Guta Stresser em Júpiter/ Imagem: HBO

Guta Stresser, que dá vida à Teresa, esposa de Mario que também precisa conviver com a revelação de um filho do marido entrando de repente em sua vida, defende sua personagem. Segundo a atriz, ela é totalmente crível e real. Stresser também revela que é uma pessoa totalmente diferente da personagem, segundo ela “Teresa fala muito baixo e eu não'”.

Por isso, a atriz confessa que seu processo de preparação para viver Teresa foi focado em tentar representar uma mulher cotidiana, comedida, mas com muitas camadas. “Ela não é simplesmente uma mulher de leitura muito fácil, porque a gente vê e fala ‘nossa é uma mulher bem normal, bem possível, cotidiana”, comentou.

Para finalizar, Guta divide uma curiosidade particular com os participantes da imprensa. Ela diz que a família representada no longa é perfeitamente norma e conhece famílias parecidas, onde uma mulher com estabilidade financeira e profissional descobre que o marido tem um filho. “Estou lembrando de casos na minha família de muitos anos atrás. Não acho que seja uma família fora da curva”, confessa.

Júpiter estreia dia 21 de janeiro no HBO Max.

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