Adaptado da HQ de Mark Millar, The Secret Service, Kingsman- Serviço Secreto chega para provar que o cineasta britânico Matthew Vaughn (Kick-Ass, X-men: Primera Classe) não está brincando em serviço.
Em Kingsman- Serviço Secreto (Kingsman: The Secret Service), conhecemos Harry (Colin Firth), que presenciou a morte de um agente ao qual era apegado e desde então se preocupa com seu filho, até então criança, Eggsy (Alex Nikolov). Anos depois, o agente substituto também é morto em uma missão e Harry resolve indicar Eggsy (Taron Egerton) para preencher a vaga.
Kingsman é um serviço secreto britânico que teve origem em 1800 e bolinha, que (no longa) segue o padrão da corte do rei Arthur, tendo os cavaleiros como integrantes e codinomes, um ajudante com codinome de Merlin (Mark Strong) e o Líder chamado de Arthur (Michael Caine). Os agentes que morreram eram os Lancelot, com essa vaga em aberto, todos os agente indicam um jovem para o complicado teste de seleção.
Paralelamente aos testes para substitutos, a organização está tentando impedir os planos do milionário Valentine (Samuel L. Jackson), que está engenhosamente tentando dizimar a população. Valentine não é verdadeiramente um vilão no sentido correto da palavra, tem horror a sangue e violência, apenas acredita que tem boas razões para prosseguir com seu plano, razões essas que chegam a quase nos convencer de que ele está certo. O trabalho sujo sobra para sua assistente, Gazelle (Sofia Boutella), que não economiza na violência com suas pernas cortantes como arma.
Kingsman segue o padrão das mais famosas obras de espiões (isso fica claro já no pôster ‘imitando’ 007), com toda a ação, muita violência e acessórios que todos desejamos ter. Porém, tudo isso com um diferencial que foi a chave para seu sucesso: a autocrítica com um toque de humor. Não são raros os momentos em que os personagens tiram sarros das cenas clichês dos filmes de espionagem, comparam as situações deles com os mencionados filmes ou soltam a frase: “Esse não é um daqueles filmes, é vida real”. A já mencionada violência excessiva também é satirizada em alguns momentos, com toques de comédia substituindo-as. A enorme quantidade de referencias à itens da cultura pop é um adendo.
Em questão da adaptação, Kingsman conseguiu manter a qualidade, mesmo que tenha mudado muita coisa. Alguns personagens foram mudados, como Gazelle que na HQ era um homem negro, Valentine que era um caucasiano com o melhor estilo Nerdão e sem habilidades sociais e principalmente Harry, que era tio de Eggsy. Mas essas mudanças não só não afetaram a qualidade, já que as melhores cenas e o enredo central não foram modificados, como melhoraram o longa. Algumas cenas sofreram a famosa dramatização de Hollywood, algumas foram levemente amenizadas, mas todas as mudanças foram para melhor, por exemplo, a organização Kingsman, que tem esse padrão inovador da corte do Rei Arthur apenas na versão cinematográfica, na HQ é uma organização comum, essa mudança foi uma das coisas que mais me agradou na obra.
Kingsman: Serviço Secreto é um daqueles filmes que promete agradar a todos, com ótimas cenas de ação, um roteiro fluido, toques de humor no momento certo e um elenco notável. Não duvido que boa parte dos espectadores mal saia da sessão e já queria assistir novamente.
Veja a ficha técnica e elenco completo de Kingsman: Serviço Secreto
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