Crítica: Lego Batman- O Filme

As produções da Lego costumam ser bem recebidas pelo público, desde séries animadas a jogos reescrito na versão da empresa, suas adaptações agradam crianças e adultos pela sua construção simples e engraçada.

Em 2014, a Lego mostrou que tem jeito também para o cinema e lançou Lego- O Filme, uma obra feita com os personagens que a empresa fabrica em seus cenários, e deu muito certo, mesmo parecendo um tanto comercial conseguiu agradar o público com seu tom cômico. O personagem que mais se destacou nesse longa foi o Lego Batman, praticamente uma sátira do personagem original, teve uma participação pequena, mas roubou a cena.

Por isso não houve muita surpresa quando anunciaram Lego Batman- O Filme, já que o personagem conseguiu conquistar o mundo, parecia mais do que lógico dar uma animação solo para ele, trazendo de volta todos os elementos engraçados que foram apresentados em Lego- O Filme e até mesmo o dublador (Will Arnet), que se encaixou tão bem no papel.

Ao assistir o filme, concordamos que essa era uma produção não apenas lógica, porém praticamente necessária. Mantendo o tom sarcástico e bem-humorado, a trama se aprofunda na vida solitária de Batman, tratando de uma maneira muito coerente seus problemas de relacionamento, explorando de uma maneira incrível seu emocional e sua relação com o Coringa.

Como tudo que envolve Gothan (ou DC em geral, como tem sido atualmente) o foco está dividido entre o protagonista e seu Arqui-inimigo Coringa, que traz um desafio imenso ao herói com mais um plano maligno. O lado mais pessoal do Homem- Morcego é explorado com a chegada do órfão Dick, mais conhecido como Robin, e a muito bem colocada Barbara Gordon, que defende que Gothan precisa de uma união entre o Batman e a polícia para finalmente resolver seus problemas.

O roteiro ficou profundo e bem explorado (melhor que certas obras recentes) impressionando por não deixar nenhuma ponta solta e surpreendendo pela enorme quantidade de referências. Ao longo do filme vemos inúmeras menções a todas as épocas no Batman nas telas- inclusive a série de Adam West– e outras produções de sucesso. Sem dar nenhum spoiler, posso dizer que a partir de um momento do longa o espectador irá redobrar a atenção e olhar para todos os cantinhos a procura de mais um elemento de clássicos famosos.

Lego Batman- O Filme é uma grata surpresa, não por ser bom, esse fato era esperado, mas por conseguir manter uma qualidade impressionante para uma animação, se tirar os bonecos de Lego, pode se passar facilmente por uma produção de super-herói. Teorias, relacionamentos e origens de personagens dos quadrinhos da DC são bem colocadas, claro, amenizadas para não chocar as crianças, entretanto conseguindo manter  coerência. Chega a ser irônico que o melhor longa da DC nos últimos anos, com produção da Warner, tenha vindo em forma de Lego.

Lego Batman – O Filme estreia nos cinemas nessa quinta, dia 9 de fevereiro.