Strager Things | 5 Características que diferenciam a série

Um comparativo com novidades, elementos e assuntos das duas temporadas

Que Stranger Things é um sucesso desde o seu lançamento, no ano passado, e que vem a cada dia ganhando mais fãs para a turma, ninguém tem dúvidas. Vários elementos de sucesso foram inseridos no projeto que fazem do produto um verdadeiro acerto no mundo nerd/geek e também, da Netflix.

A série foi criada por Matt e Ross Duffer (The Duffer Brothers), dois irmãos gêmeos que antes de terem seus nomes expandidos para todo o mundo, desde 2015 já trabalhavam em séries do mesmo estilo. Por isso, em comemoração a esse sucesso e ao lançamento da segunda temporada, resolvemos destacar alguns elementos da série e comparar as duas temporadas.

Os anos 80

Quem viveu essa época, garante que foi uma das melhores décadas para todas as áreas, mas também, ocorreram algumas guerras, golpes políticos e ameaças nucleares. Os anos 80 foi de uma experimentação absurda e esse elemento é o plano de fundo para que Stranger Things ganhasse o público.

Alguns filmes que foram produzidos nessa década, marcaram toda uma geração e podemos citar alguns, como Os Goonies (1985), Conta Comigo (1986), Os Caça-Fantasmas (1985), De Volta Para o Futuro (1985), E.T. – O Extraterrestre (1982), Gremlins (1984), Poltergeist (1982) e tantos outros.

Talvez se você assistir a série pela primeira vez, vai notar inúmeras semelhanças nos episódios com os filmes citados e também, com outros títulos e porque isso acontece? Simplesmente porque um determinado grupo de pessoas, os nerds, se acharam bem representados e aquilo foi disseminado até que tomou uma proporção enorme e veio a aceitação.

Mas há quem não vê graça em filmes nesse “estilo” e gosto não discute. Um outro filme que podemos destacar que também lembra bastante a série, é Super 8. Esse filme é de 2011, mas tem toda a estrutura de Stranger Things e há quem diga, que a série foi inspirada no filme.

O empoderamento feminino

Strager Things | 5 Características que diferenciam a série 1
As atrizes Winona Ryder, Millie Bobby Brown e Natalia Dyer | Foto/Reprodução: Internet

Não é porque estamos inseridos nos anos 80 que as mulheres devem ser esquecidas. A luta delas por seus direitos não é novidade para ninguém e até os dias de hoje, precisam se reafirmarem diariamente para conquistarem seus objetivos. Esse é um dos conceitos do feminismo contemporâneo, a equiparação nos direitos entre homens e mulheres.

Na série, vemos três mulheres em destaque: Joyce Byers (Winona Ryder), Nancy Wheeler (Natalia Dyer) e talvez a mais querida por todas – e já conto o porque -, Eleven (Millie Bobby Brown). Claro, outras mulheres que ganharam mais destaque na segunda temporada, como foi falado na nossa crítica.

Joyce é viúva e com muito sacrifício, criou (e ainda cria) seus filhos Jonathan (Charles Heaton) e Will (Noah Schnapp). Na primeira temporada, logo no primeiro episódio, a gente consegue ver o contraste social se compararmos a casa dela com a dos amigos de Will.

É possível notar também, que ela não é de fazer grandes amizades e ao que parece, não é bem-vista pelos moradores da pequena Hawkins. E com unhas e dentes, para defender sua família e seus filhos, toma medidas um pouco drásticas mas logo vemos que se trata de amor materno. Nancy se mostrou bem mais forte do que parecia ser e seu crescimento na segunda temporada, foi absurdo. Ela que parecia uma menina fútil, dessas bem clichês retratadas em filmes dos anos 80, encorajou-se ao adentrar no mundo invertido.

Por fim, temos Eleven, a garotinha que consegue levantar um furgão só com o poder da mente. Mas não só isso, faz coisas maravilhosas na primeira temporada e que poderiam continuar fazendo na segunda, se não fosse a trama em que a personagem foi inserida e como foi relatada na crítica, poderia ter sido evitado. Com tudo isso, os poderes da menina são bem explorados e usados no momento certo. Talvez seja por isso que a personagem seja tão querida pelos fãs da série.

Leia - Crítica: Stranger Things - 2ª Temporada

Ciência e tecnologia

A ciência e a tecnologia que geralmente são retratadas em produções da década de 80, se comparadas com as da nossa década, são bem arcaicas. Laboratório no meio do nada, intervenção secreta das forças armadas americanas, cientistas usando jalecos brancos… bem típico não?

Tudo isso atrelado a maquinários jurássicos e sem muito atrativo de modernidade. Aliás, essa era modernidade da época, uma verdadeira tecnologia de ponta. O uso desses elementos com a abordagem de vida em outros planetas, tornaram-se marcas registradas nessas produções.

Trilha sonora

É a cereja do bolo. Em Stranger Things, as músicas que são reproduzidas, fizeram (e ainda fazem) muito sucesso nos anos 80. São artistas que revolucionaram sua época pelas letras das músicas, melodias, performances nas apresentações ao vivo e também, no figurino que é um caso à parte. Algumas cenas de ação e transição na segunda temporada, tiveram um destaque maior com a sempre boa música dos anos 80. Vale muito a pena e deixa a experiência mais interessante.

Comparativo

Bem, agora que já destacamos alguns pontos importantes e que talvez seja a fórmula de sucesso de Stranger Things, veja abaixo, uma lista que preparamos comparando a primeira com a segunda temporada.

1) Como foi dito na crítica, Eleven não tem tanto destaque na segunda temporada quanto na primeira, o que é uma pena. Ao contrário do que muitos pensam, ela NÃO morreu ao derrotar o Demogorgon no final da temporada 1.

2) Jim Hopper (David Harbour) cresceu na nova temporada. Ano passado, acompanhamos um chefe de polícia apático, sem muitas motivações de viver, entregue ao vício e totalmente relapso. Na temporada atual, ele cresce e até a aparência muda: ele agora tem um motivo especial para continuar vivendo e voltar para a velha cabana do pai. E se você não achar legal aquela dancinha da limpeza… maravilhoso.

3) Os Demogorgons se multiplicaram e evoluíram para cachorros.
Ou melhor, democães. São criaturas horrendas e bem nojentas.

4) Agora, uma semelhança: a casa de Joyce continua uma bagunça.

5) Ao contrário da primeira temporada, poucos episódios foram escritos e dirigidos pelos irmãos Duffer, que também são os criadores da série. O que a meu ver, declinou um pouco o acompanhamento dos episódios. Outros roteiristas e diretores tiveram suas chances na série, mas sou completamente à favor que os Duffer retomem e encabecem o produto. Sabe aquela frase “time que tá ganhando, não se mexe”?

6) Sobre o item anterior, uma certificação: os episódios que os Duffer dirigem e roteirizam (4 dos 9 episódios), são os melhores. Tem mais ação, emoção, aquele plot twist que a gente ama e o melhor, uma coerência a finação entre o elenco absurdas de boas.

7) Uma verdadeira caixinha de referências à cultura pop. Dustin (Gaten Matarazzo) é um dicionário do pop ambulante, um nerd assumido e suas explicações e teorias, casam bem com as situações em que estão inseridos. Quem for assistir a temporada 2, prepare-se para ficar com uma raivinha dele e de Mike (Finn Wolfhard). Mas garanto que logo passa.

8) Tem menina nova na área. Morri de amores pela Maxine (Sadie Sink).
E já garanto que ela é tão incrível quanto a Eleven.

9) A atuação de Noah Schnapp está INCRÍVEL. Várias vezes, rouba a cena.

10) Os dois últimos episódios são de tirar o fôlego e redime a temporada pelo “tédio”.

Escrito PorLuã Stewart

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