O terceiro filme da franquia Maze Runner, finalmente chega aos cinemas. Com quase um ano de atraso, devido ao acidente sofrido por seu protagonista Dylan O’Brien, durante as filmagens, Maze Runner: A Cura Mortal não fecha apenas o ciclo desta saga, mas parece encerrar também – pelo menos por enquanto -, as histórias juvenis de futuro distópico como Jogos Vorazes.
Maze Runner: A Cura Mortal é rápido, com muita adrenalina e desfechos fáceis. Mostrando que realmente os produtores viram a decadência neste tipo de produção, já que durante os anos tivemos uma avalanche de futuros distópicos com adolescentes que solucionam tudo, adultos que praticamente servem como vilões e mocinhos que se perdem durante a narrativa, não tendo praticamente nenhum propósito.
De qualquer forma, A Cura Mortal é melhor do que seu antecessor. Ele cresce muito mais em ação e logo em seus segundos iniciais já mostra para que veio. Com uma sequência frenética no resgate do trem em movimento, a adrenalina corre pelo corpo do público. As cenas de ação são empolgantes e animadas, não deixando a plateia desconfiada que isso é apenas um pano para o enganar, pois não existe uma história por trás de tudo.
Mesmo que não tenha reviravoltas, a narração é linear e com os clichês esperados deste tipo de filme. Ele não foge do padrão e os desfechos de cenas são aquilo que realmente o espectador está vendo na tela. E muitas vezes até demorado.
Mesmo assim, mergulhamos junto aos personagens neste mundo caótico apresentado por Maze Runner. São missões com uma série de dificuldades, que apenas aumentam durante a aventura, levando os heróis sempre a beira do precipício. O curioso em Maze Runner é colocar seus personagens em constante perigo, enfrentando inimigos cada vez mais perigosos como o que acontece nos games, mas nunca expondo Thomas e companhia realmente a um perigo contra armas de fogo. O que o transforma realmente em um longa diferente, onde o perigo são muito mais ameaçadores no quesito psicológico do que físico.
O que Thomas precisa realmente nesta última trama definir, não é apenas o fim do CRUEL e resgatar seu amigo Minho (Ki Hong Lee), mas também resolver seus problemas pessoais que ficaram no passado, sobre quem ele é neste universo, seus sentimentos por Teresa (Kaya Scodelario) e o que será deste novo mundo.
Entre os pontos negativos, fica para a pressa em resolver os problemas durante o filme, como se realmente quisessem acabar logo com isso e fechar as portas para começarem algo novo. Isso se tona mais gritante no final, com fortes clichês e a cena lamentável no final de um dos personagens em cima de um prédio. Ainda com o bônus de Aidan Gillen, que parece não ter saído de seu papel como Mindinho de Game of Thrones. Entretanto, mesmo sendo razoável, nada disso de fato atrapalha esta conclusão.