É muito fácil criticar. Basta seguir as regras da faculdade. E é exatamente isso o que as pessoas fazem.
São analizadas a maneira de como foi escrito o roteiro, a fotografia etc.
E em caso de livros, a precisão histórica, se o livro traz algo inédito ou é comparado a Tolkien, Machado de Assis e por aí vai.
Tudo deve seguir uma regra. E para que?
Ler e assistir a algo que se gosta e até mesmo ouvir uma música, é sentimento! É como gostar de alguém.
Durante séculos lutamos para casarmos com quem queríamos por simplesmente amar aquela pessoa. E não por regras sociais.
Então, se ouvir, ver e sentir são partes de sentimento, porque preciso seguir uma regra para escrever sobre um filme, livro ou música?
E depois disso tudo escrito, vou direto ao assunto. O livro O Código das Águias de Paola Giometti.
Poucos livros conseguem me prender e ao mesmo tempo encantar. Assim como poucas e raras coisas me surpreendem. Um pouco pela idade.
E este livro, realmente encanta e em muitas partes parei para refletir ou apenas como Bastian (A História Sem Fim), parar junto do Velho Águia e Hanpka durante a jornada.
Peguei-me várias vezes após um capítulo soltando o ar, ao perceber que não respirava ou segurando as lágrimas em alguma passagem.
Este é um daqueles livros que realmente expressa o sentimento e te traz um ensinamento, que é aquele que devemos realmente ensinar aos mais jovens tudo aquilo que aprendemos.
Mas não apenas ensinamentos no velho estilo escolar ou “no meu tempo as coisas eram assim”.
Não! Ensinar como os jovens irão lidar com o mundo a sua maneira. Pois sempre serão épocas diferentes. E através deste ensinamento, mostar que elas fazem parte não apenas deste ano, deste século, mas sim de gerações incontáveis que fizeram com que o seu momento no mundo chegasse.
E que um dia, será responsabilidade dele, passar seus conhecimentos para que outra geração também siga o caminho que melhor lhe for. Aqui cabe uma frase de Carl Sagan.
“Diante da vastidão do tempo e da imensidão do universo, é um imenso prazer para mim dividir um planeta e uma época com você.”
Outro ponto fascinante neste livro, dentre tantos, é mostrar que mesmo que tenha tanto sofrimento, viver ainda é o mais importante. Podemos ter decepções, quedas, estarmos a beira do abismo e do desespero. Mas o mais importante, ainda é viver. Sim, mesmo que seja para termos tantas dores novamente.
Pessimismo? Pelo contrário. É a vida, o ciclo que nos transforma e nos diferencia, não dos animais, mas da estagnação e do medo. Viver é um ato de coragem.
Ler Código das Águias é um momento apenas seu leitor. Uma conversa sua com o livro. E se um dia encontrar com a autora, que tenho o privilégio de conhecer, apenas olhe em seus olhos. E ela saberá que entendeu O Código das Águias.
E seja bem vindo a essa vastidão de horizontes que o mundo nos traz.
Agora abra as suas asas e deixe o vento contar os seus segredos. Até a próxima!

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