AJ and the Queen é uma das novas séries da Netflix, com o apresentador RuPaul (RuPaul’s Drag Race) dividindo o protagonismo com Izzy G. que faz o papel de AJ.
RuPaul faz o papel de Robert – Ruby Red, quando está usando Drag -, que está prestes a abrir o próprio clube em parceria de seu namorado, Hector (Josh Segarra), mas ao entregar um cartão de uma conta conjunta com os cem mil dólares, que arrecadou com seus shows, o namorado desaparece. Além de ter que enfrentar a separação e o golpe que levou, precisa lidar com a aparição de AJ, uma criança que só causa problemas para ele e seu companheiro de apartamento, Louis (Michael-Leon Wooley), que é uma Drag Queen cega.
Primeiras impressões
O foco principal da série é a pequena AJ, filha de uma prostituta que também possui problemas com drogas, e precisa se virar, já que foram expulsas de casa e ela acaba se envolvendo com Robert que mora no mesmo prédio, alguns andares abaixo. É a própria AJ que narra a série, mostrando que o palco na verdade é dela.
Mostrando bem os personagens principais, as interações entre eles e a motivação da temporada, o primeiro episódio é um bom começo para a série, mas sem nenhuma novidade. Mesmo tratando de alguns assuntos mais pesados como drogas e prostituição, o tom sutil que é abordado faz com que não seja um problema, mesmo sendo algo superficial e sem profundidade.
O primeiro episódio nos dá um bom exemplo de como será a série, com um passo lento e acontecimentos que nos fazem rir, o roteiro de RuPaul e Michael Patrick King, que trabalhou com a famosa Sex and the City e Will & Grace, é leve e sem grandes surpresas, mas com uma boa ambientação dos locais. Já no primeiro episódio temos a participação de drags consagradas pelo programa RuPaul’s Drag Race, o que irá acontecer durante todos os episódios da série.
Considerações Finais
Apesar de um elenco pequeno, e um ritmo lento, a interpretação não convence muito, e é muito difícil separar o apresentador do personagem que ele representa, principalmente por não ter muita nuance além daquelas que já estão acostumados a ver no programa que apresenta, o que reforça a ideia com a presença de muitas de suas antigas participantes.
Mesmo sem muito convencimento e uma história moderada a temporada mantém um ritmo suave e sem grandes reviravoltas durante os episódios, sempre com um pretexto para mostrar as participantes do programa RuPaul’s Drag Race e um Lip Sync (dublagem). A história é simples, e uma boa pedida para quando não as opções do que verse esgotam, ou quando se deseja ver alguma coisa mais leve.