The Muskeeters 

Os três mosqueteiros,  obra de Alexandre Dumas deve ser o livro mais adaptado que existe. Desde de 1973 temos filmes, animações, mais filmes ainda e agora temos a série adaptada da BBC One.

O problema em ver algo dos mosqueteiros é que você de cara já pensa: de novo?! Sim, de novo, mas para mim, desde que façam uma boa adaptação ( e não uma porcaria como foi o último filme lançado) já tá bom.

The Musketeers, felizmente, se encaixa nessa categoria de boa adaptação.É claro que a BBC One fez sua habituais mudanças na história, como por exemplo o pai de D’artagnan (Luke Pasqualino) ter sido assassinado, transformando sua busca pelos mosqueteiros uma vingança, e não sua vontade de juntar-se a eles. Esse é o exemplo principal, temos algumas outras mudanças no caminho mas nada que prejudique o desenvolvimento da série.

Se, por um lado, temos os pequenos problemas de modificação da  história, por outro temos a perfeita representação da personalidade dos personagens. Começando por D’artagnan, que mostra toda a sua idiotice (sim, não tenho um termo mais ameno para ele) sem medo, com toda a inocência que é possível ter em um jovem inexperiente no meio dos melhores mosqueteiros da guarda do rei.

Mosqueteiros

Athos (Tom Burke) foi o que julguei melhor representado. O espirito de liderança forte sempre foi sua característica, mas por trás dessa seriedade, Athos sempre foi o mais danificado dos mosqueteiros, pelos acontecimentos do seu passado e isso foi muito bem representado com uma garrafa de bebida ao seu lado em sua primeira cena. Tom Burke merece um destaque também, não foi só seu personagem que foi bem representado, mas sua interpretação sombria com aquele toque sexy que bem conhecemos nos mosqueteiros está perfeita. 

Porthos (Howard Charles) o farreiro do time. Já aparece em um briga com um integrante da guarda vermelha, por causa de um jogo de cartas, logo em sua primeira cena. Tem como representar melhor esse espirito boêmio de Porthos? Esse é o personagem responsável pela maior parte das cenas cômicas e Howard Charles está cumprindo bem seu papel.

Aramis (Santiago Cabrera) o eterno Don Juan. Acredito que todos apostavam que sua primeira cena seria na cama de uma mulher casada, e todos acertaram, porém, a surpresa estava no fato da mulher ser ninguém menos que a esposa do Cardeal Richelieu! Justo quanto eu achava que Santiago Cabrera não podia ficar mais sexy do que em seu papel como Lancelot, em Merlin, ele prova que é capaz e duplica sua sensualidade como Aramis. Apenas senti falta do lado religioso de Aramis, que foi muito pouco explorado nesse piloto, mas acredito que será mais explorado no futuro, afinal, a graça do personagem está exatamente na ironia do religioso sempre ter casos com mulheres casadas.

CardelCardeal Richelieu (Peter Capaldi) é a peça chave da série. De nada adianta ter ótimos heróis se o vilão não for ainda melhor. Peter Capaldi conseguiu fazer o melhor Cardeal que já vi, representando muito bem as duas caras do personagem, com toda a maldade sem limites dele escondida por trás de um gracioso e educado Cardeal cujo único interesse é o bem da França e seu Rei Louis XIII (Ryan Gage). Capaldi conseguiu até me deixar mais aliviada com relação ao seu papel como novo Doctor.

Além dos personagens bem representados, The Musketeers conta ainda com um ambiente quase impecável, composto por um cenário de época muito bem representado e figurinos perfeitos. O roteiro, mesmo um pouco modificado, está fiel á história e promete representar bem os acontecimentos da mesma.

Esse piloto me conquistou, mal percebi passar a 1 hora de duração do mesmo e já estou esperando pelo próximo.

 The Musketeers foi anunciada como minissérie em dez episódios, mas que tem potencial para ser transformada em série.

 

 

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