Crítica: O Cavaleiro Solitário

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Há filmes que são inteiros programados para ser um sucesso. O Cavaleiro Solitário (The Lone Ranger) foi minuciosamente feito para ser um grande hit, trazendo Jerry Bruckheimer, nome famoso no mundo do cinema, na produção; Gore Verbinski, diretor de Piratas do Caribe, na direção e Johnny Depp como protagonista, o remake era muito promissor. Entretanto, toda a expectativa gerada se torna decepção logo nos primeiros 20 minutos do longa.

Baseada no icônico personagem homônimo, criado em 1932 para uma série em rádio e posteriormente ganhando séries de TV e duas adaptações para o cinema, a trama apresenta John Reid (Armie Hammer), que com a ajuda de Tonto (Johnny Depp), se tornou o Cavaleiro Solitário. A origem de Reid é o primeiro problema do roteiro, que a conta de uma maneira desnecessariamente longa. Nas 2 horas e 20 de duração, podemos ver detalhadamente John e Tonto se conhecendo, brigando, se aliando, brigando, se ajudando, brigando e, nos últimos 20 minutos, cenas dignas de ação faroeste! Esse formato acaba gerando um desinteresse no espectador.

Série Original
Série de Lone Ranger

O outro problema foi a clara tentativa de cativar o público criando seguindo a linha de Piratas do Caribe, é visível a quantidade de elementos parecidos com a famosa saga da Disney, porém não funciona. Além do roteiro não saber balancear as cenas de comédia e drama, gerando um tom sarcástico forçado por quase toda a produção, o jeito infantil não combina com faroeste e, por mais que tentem, Tonto não tem o mesmo carisma de Jack Sparrow.

Entretanto, nem tudo é erro em O Cavaleiro Solitário. A produção acertou em manter elementos clássico, que incluem a música tema do seriado em que foi baseada, e em achar uma solução interessante para deixar o foco em Tonto, que deveria ser o coadjuvante. A narrativa se dá através das memórias do índio, transferindo automaticamente a função de protagonista para ele.

O Cavaleiro Solitário é uma obra razoável, entre erros e acertos consegue entreter, mas está longe de ser uma obra com a qualidade geralmente apresentada por Jerry Bruckheimer, ou até mesmo do elenco, do qual conhecemos o talento mas parece não conseguir manisfestá-lo aqui. Talvez por não saberem ditar o tom, as atuação acabam ficando apenas aceitáveis, porém, se há um personagem que estrega seu papel com maestria, é o belo Silver.

Silver e Tonto
Silver e Tonto

O Cavaleiro Solitário estreia dia 12 de julho nos cinemas.

Veja a ficha técnica e elenco completo de O Cavaleiro Solitário

 

 

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