Com certeza vocês já devem ter lido isso nas redes sociais da vida ou ter escutado alguém falar a famosa frase: “Quando a Morte conta uma história, você deve parar para ler”. Pois essa frase consta em um dos melhores livros que já li na vida: A menina que roubava livros, de Markus Zusak.
A caminho de seu novo lar Liesel Meminger teve seu primeiro contato com a Morte.
“UM ANÚNCIO TRANQUILIZADOR
Por favor, mantenha a calma, apesar da ameaça anterior.
Sou só garganta…
Não sou violenta.
Não sou maldosa.
Sou um resultado.”
Liesel enterra seu irmão em um pequeno cemitério onde elapratica seu primeiro furto: “O Manual do Coveiro” que o coveiro deixou cair na neve. Depois disso ela é finalmente levada para uma casa adotiva na rua Himmel.
Hans e Rosa Hubermann são seus novos pais adotivos. Um casal que foge da normalidade e não tem como não se apaixonar por eles.
Hans ensina Liesel a ler e escrever e a conquistou de uma forma imensa. É um homem bom, íntegro, trabalhador e fiel a sua família.
Já Rosa é rude, fala palavrões aos quatro ventos. Mas que guarda um enorme coração.
Liesel também conquista melhores amigos. Um deles é Rudy Steiner “Que tal um beijo, Saumensch?” vem a minha cabeça. Onde são cúmplices, principalmente quando a ladra de livros agia. Mas a Morte é bem observadora em relação a Rudy:
“A ÚNICA COISA PIOR DO QUE UM MENINO QUE DETESTA A GENTE é Um menino que ama a gente”
Outro é Max Vandenburg um judeu que Hans escondeu em seu porão porque se sentia sempre em dívida com a família de um homem que um dia salvou sua vida, pai de Max.
Sim, o livro se passa no meio da Segunda Guerra Mundial. E acompanhamos Liesel por todos esses anos.
Conheço muitas pessoas que abandonaram o livro nem na metade, um dos motivos foi pela ‘aula de História’. Mas creio que seja uma ‘aula’ diferente. Aqui temos o ponto de vista da Guerra vivida pelas pessoas de carne e osso, não só uma estatística ou uma mera passagem. E nessa mistura de ficção com realidade temos as palavras da personagem que viveu esses dois mundos: a Morte. Quem mais indicada para falar disso que não ela?
A primeira vez que tive contato com livro achei que seria algo besta como “Como assim a Morte com uma história? Meu interesse era por ser sobre A Segunda Guerra.” E tenho que dizer foi algo surpreendente.
É uma leitura que deve ser feita com atenção, muita história, muitos personagens. Mas que sempre teremos apego.
Tenho dois conselhos:
1 – Prepare o coração com lenços sempre à disposição
2 – Não surte. Mas a Morte adora uma boa contada de spoilers
“Aqui está ela. Uma dentre um punhado.
A menina que roubava livros.
Se quiser, venha comigo. Vou lhe contar uma história.
Vou lhe mostrar uma coisa.”
Esse convite da Morte aceito de bom grado!
Continue. A cada dia, cada momento, recomece. Veja que a vida recomeça sempre. Por que ela não desiste? Porque no fundo do túnel há uma luz, no distante universo, uma estrela, no fim do caminho, a esperança. O que sentimos como fim é apenas um novo momento de largada. O fim do seu problema é o início da sua resposta.
Continue. A cada dia, cada momento, recomece. Veja que a vida recomeça sempre. Por que ela não desiste? Porque no fundo do túnel há uma luz, no distante universo, uma estrela, no fim do caminho, a esperança. O que sentimos como fim é apenas um novo momento de largada. O fim do seu problema é o início da sua resposta.