Critica: Animais Fantásticos e Onde Habitam

A magia de volta aos cinemas

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Harry Potter e seu universo de magia foi um grande sucesso no mundo todo. Tanto no meio literário quanto no cinematográfico, o bruxo carrega legiões de fãs até hoje e uma tonelada de produtos e livros derivados de suas aventuras. Animais Fantásticos e Onde Habitam, baseado no livro homônimo que lista as criaturas mágicas criadas para o mundo de Harry Potter, foi anunciado com a promessa de trazer a magia de volta ao cinema e matar as saudades dos fãs da franquia.

A ideia de adaptar um livro completamente sem história, utilizando apenas o escritor fictício Newt Scamander (Eddie Redmayne) parece apenas uma desculpa para trazer a franquia de volta- e é, porém consegue ser complexo e envolvente. O roteiro, escrito pela própria J.K Rowling, mostra Newt no processo de desenvolvimento de seu livro, quando acidentalmente solta algumas das criaturas no meio de uma Nova York que está passando por um grave risco de exposição do mundo bruxo.

A realidade é que os animais são apenas uma introdução para um grande enredo, que mostra um mundo muito mais extenso onde o ministério de Nova York luta para evitar uma exposição que colocaria todo o mundo mágico em risco. Ambientado em 1930 e fugindo do típico cenário londrino, o longa mostra uma profundidade maior nos riscos da magia entre os “trouxas” (ou no-maj, como são chamados em NY), como grupos malucos que suspeitam de atividades anormais e querem trazer Salém de volta. Essa crise é o resultado das atitudes de Grindelwald, que iniciou essa revolução por acreditar que os bruxos não devem se esconder.

Newt acaba sendo arrastado para essa briga, levando junto o não-mágico Jacob (Dan Fogler), que entrou nessa situação por ter acidentalmente trocado sua maleta pela mala cheia de animais de Newt, a ex- Auror Tina (Katherine Waterston) e sua irmã Queenie (Alison Sudol), que possui o útil e divertido poder de ler mentes. Entre feitiços e lutas cheias de encantamento, somos levados por uma aventura que consegue intercalar impecavelmente o drama e o humor.

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A direção de David Yates se mostra muito competente, mostrando toda a experiência de quem já trabalhou em quatro títulos da franquia, Yates consegue transmitir o mesmo clima das obras antecessoras, porém em um cenário bem diferente. Elementos conhecidos do mundo da magia são citados ou mostrados a todo o momento, mas de uma maneira contida, apenas fluindo com o roteiro.

O experiente elenco ajuda muito na qualidade da obra. Eddie Redmayne acerta novamente em sua atuação, conseguindo passar um excêntrico Newt sem dificuldades, com Dan Fogler ao seu lado, sempre ajudando na comedia, porém mostrando que consegue passar facilmente para o drama. O grupo todo se mostra competente, desde os menos conhecidos aos mais famosos como Colin Farrell, Jon Voight e até mesmo o novo queridinho Ezra Miller, que não desliza em seu complicado papel.

Trazendo a magia de volta aos cinemas, Animais Fantásticos e Onde Habitam possui uma história mais simples, mas que funciona. É uma ótima introdução para os outros quatro títulos baseados no universo Harry Potter que já estão confirmados. Sem dúvidas, o longa agradará, principalmente aos saudosos fãs de Harry Potter.

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