A saga Fallen possui uma grande base de fãs no mundo. Por isso, a adaptação cinematográfica já era promissora antes mesmo de estrear, mesmo com todos os problemas e atrasos que a produção sofreu.

Baseado no livro homônimo de Lauren Kate, Fallen nos apresenta Lucinda”Luce” Price (Addison Timlin), uma jovem que após ser responsabilizada pela misteriosa morte de Trevor (Leo Suter) é condenada ao reformatório Sword & Cross. Lá, ela conhece o enigmático Daniel Grigori (Jeremy Irvine), pelo qual sente uma inexplicável atração, mesmo com o rapaz constantemente afastando-a. Luce atraí a atenção de Cam Briel (Harrison Gilbertson), que se apaixona por ela e começa um árduo processo tentando conquistá-la.Dividida entre os dois amores, Luce irá descobrir que essa história é mais complicada do que parece.

Logo na primeira cena temos a explicação do conflito entre o céu, Terra e inferno, em que um anjo se recusa a escolher um lado e caí na Terra em busca de sua amada, junto com alguns companheiros. Por isso, o longa, diferente da obra de Lauren Kate, já joga a questão do amor proibido e anjos caídos logo de cara, sem sofrer aquele suspense que vemos no livro. Esse é um elemento positivo e negativo no filme, já que não cansa o espectador com uma grande enrolação acerca do mistério, mas também acaba deixando-o maçante, já que sabemos qual é a questão e ao longo do filme vemos apenas a Luce tentar entender o que está acontecendo.

A trama é interessante, mas mal aproveitada. Com uma maldição de amantes, triângulos amorosos e guerra entre anjos, o roteiro tinha tudo para dar certo, porém se perde ao focar quase exclusivamente no casal protagonista. Os personagens secundários como Penn (Lola Kirke), Todd Hammond (Chris Ashby) e tão carismática Arriane Alter (Daisy Head) são pouco aproveitados, deixando o romance entediante em alguns momentos. Addison Timlin faz seu melhor na atuação, entretanto a falta de química ente ela e Jeremy Irvine atrapalha bastante o desenvolvimento do filme. Em dado momento, Cam é literalmente tirado de cena e o mencionado foco em um casal sem química não flui bem na tela.

critica-fallen

Alguns problemas técnicos são encontrados em Fallen, como abruptos cortes na edição que parecem ser intencionais, mas não funcionaram muito bem no produto final, como, por exemplo, uma discussão que é violentamente interrompida para focar na protagonista fugindo, deixando a sensação de que faltou uma resolução.

Já a fotografia funciona bem, cumprindo seu papel. O cenário é convincente e fiel, os ângulos e iluminação muito bem aproveitados e até mesmos os efeitos são à prova de reclamações.

Mesmo com seus problemas, Fallen entrega o que foi prometido, é um longa focado nos fãs, recheado de paixão, fantasia e seres sobrenaturais, voltado para o público juvenil. As sequências da saga já estão confirmadas, por isso o filme não tem fim fechado, deixando aberto para a continuação, assim como acontece no livro.

Fallen estreia nos cinemas nessa quinta, 8 de dezembro.

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