Os Anarquistas é o novo longa estrelado por Adéle Exarchopoulos, que ficou conhecida por seu papel em Azul é a Cor Mais Quente. Adéle atua ao lado de Tahar Rahim, outro nome de peso entre os Franceses, famoso por seu papel em O Profeta.
O título já sugere a trama da obra, que mostra as atividades de um grupo de anarquistas, porém com um infiltrado entre eles. Jean Albertini (Rahim) é um jovem ambicioso que recebe a proposta de investigar os ativistas, pensando em uma carreira como agente, Jean se infiltra no grupo.
Jean se sai muito bem no início, faz seu serviço conquistando a confiança dos integrantes, caindo na graça do líder e mandando os relatórios. Mas acaba se envolvendo com a namorada do líder, Judith Lorillard (Exarchopoulos) e deixa o emocional afetar sua tarefa.
A trama é comum, até mesmo um tanto previsível. Como a maioria das obras francesas, Os Anarquistas não é focado em ter um roteiro cheio de reviravoltas ou ação, e sim em retratar a política da época. Isso tornou o filme claro e objetivo, apenas vemos as atividades do grupo anarquista e o desenrolar da investigação.
A fotografia e figurino de Os Anarquistas merece destaque, o longa ficou realmente fiel à França em 1899. Mas o mérito mesmo vai para o elenco. A trama é inteira guiada pelos atores principais, dispensando o uso de qualquer argumento externo, por isso, sem a bela atuação de Adéle e Tahar, o filme seria um fracasso.
Os Anarquistas é o tipo de filme que vai agradar aos que não se importam com uma produção de qualidade, porém mais parada. Aos fãs de ação e reviravoltas, Os Anarquistas pode ficar um pouco cansativo. Ainda assim acho que vale a pena dar uma chance ao longa, nem que seja pelos ótimos protagonistas.
Dirigido por Elie Wajeman, Os Anarquistas estreia dia 19 de maio nos cinemas brasileiros.