Crítica: Brooklyn

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Um dos concorrentes ao Oscar desse ano é Brooklyn, que retrata a vida de uma imigrante Irlandesa na década de 50. Na época, a estimativa era que tinha mais Irlandeses no EUA do que em Dublin, e esses viviam quase sempre precariamente no Brooklyn.

Na trama acompanhamos de perto a vida de Ellis Lacey (Saoirse Ronan, de A Hospedeira) uma jovem Irlandesa que deseja melhorar sua condição de vida e parte para Brooklyn, deixando sua mãe e irmã para trás. Ellis conseguiu um bom esquema, com a ajuda da irmã, por isso tem moradia numa pensão e emprego garantidos.

Resenha Brooklyn

Ellis passa seus primeiros meses sofrendo, com saudades de casa, mas ainda assim persegue seu sonho e começa a estudar contabilidade. Até que um dia, em um baile, Ellis conhece Anthony (Emory Cohen, de O Lugar Onde Tudo Termina) e seu amor pelo rapaz renova seu ânimo.

Um grave acontecimento faz com Ellis retorne à Irlanda para ficar com a família. Ao voltar para sua cidade, a jovem vê oportunidades que não tinha antes e acaba ficando dividida entre ficar na sua terra natal com sua família e novas oportunidades ou voltar para o Brooklyn e viver com Tony.

Critica Brooklyn

Brooklyn retrata muito bem a dificuldade da época, usando de pequenos momentos onde vemos a diferença da evolução entre os dois países e a vida dos outros Irlandeses que não tiveram muita sorte nos EUA, mas seu foco no romance de Ellis acaba dividindo as opiniões sobre a obra. Para alguns, é um roteiro simples demais, muito voltado para um romance e a simplicidade não justifica sua indicação ao Oscar.

Porém, Brooklyn é muito mais que isso. Além de conseguir retratar um período difícil de uma maneira muito leve, sem apelar para cenas de forte impacto, o longa possui uma fotografia incrível e atuações que de fato dão uma qualidade superior à trama. Saoirse Ronan é quem mais se destaca em seu papel, encarnando com louvor uma personagem que no inicio é inocente e triste, mas muda completamente ao se acostumar com os costumes americanos.

A obra é linda em sua simplicidade, e mesmo com uma grande puxada para o romance, compensa por seu teor histórico. Vale a pena conferir.

Dirigido por John Crowley, Brooklyn estreia nessa quinta, 11 de fevereiro nos cinemas.

 

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