Crítica: Independence Day- O Ressurgimento

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Independence Day, lançado em 1996, pode não ser o melhor filme já feito, mas com certeza agrada ao público até hoje. Vinte anos depois estreia sua sequência, Independence Day: O Ressurgimento, que tenta compensar a limitação de efeitos que seu antecessor sofreu na época.

Em vinte anos a tecnologia dos EUA mudou muito, graças ao fatídico ataque em quatro de julho, que permitiu que os cientistas estudassem os artefatos dos aliens e construíssem coisas maravilhosas, como naves e armas super potentes, além de expandir a colonização para fora do planeta.  Tudo estava em paz no mundo, até que os derrotados, que aparentemente vinham arquitetando uma vingança, atacam novamente a Terra, com o dobro da força e tamanho da invasão anterior. David Levinson (Jeff Goldblum) fica novamente encarregado de salvar o planeta.

Independence Day: O Ressurgimento é regido pela nostalgia, retornando a maior parte do elenco principal de Independence Day e completando com os filhos dos que não atuaram nessa sequência. Além de Goldbum, também retorna Judd Hirsch, repetindo o papel como seu pai “babão”; Brent Spiner como o exato cientista maluco do primeiro filme, já que acordou de um coma e Bill Pullman, que entrega um ex-presidente Whitmore idoso, acabado e um pouco maluco com a ideia fixa (e correta) de que haveria um novo ataque. Ao lado deles temos sua filha, Patricia Whitmore (Maika Monroe), que trabalha no governo após desistir de ser piloto para cuidar do pai, seu noivo e piloto Jake Morrison (Liam Hemsworth) e Dylan Hiller (Jessie Usher), filho do famoso personagem de Will Smith e agora piloto, seguindo os passos do falecido pai.

critica Independence Day O Ressurgimento

O antigo elenco convence novamente, mas não possui muita química com o novo. Tanto Usher quanto Monroe são bem apagados em seus papeis, demonstrando que possuem um longo histórico, porém sem nenhuma intimidade evidente. Liam Hemsworth foi o caso mais grave, dá a impressão de ser apenas um rostinho bonito ali, sendo um protagonista de ação muito genérico e sem uma justificação aparente, diferente de seus colegas que tentam continuar o legado de seus pais. Seu histórico com o ataque anterior é mencionado, porém mal explicado e acaba ficando um pouco no ar.

Entretanto, o maior problema de Independence Day: O Ressurgimento é não saber sua posição em relação ao longa anterior. Fica claro que a obra não é um remake disfarçado como muitos por aí, realmente faz jus como continuação, mas repete completamente o enredo sem conseguir manter o tom despretensioso de seu antecessor, grande diferencial entre os filmes do gênero. Houve a tentativa de manter o lado cômico, mas no fim ficou cheio de piadas falhas, dando a impressão de que Will Smith realmente fez falta. Acabou virando mais uma ficção científica de invasão alienígena comum, com muitos efeitos especiais e o retorno de personagens que gostamos vinte anos atrás.

Ainda assim, Independence Day: O Ressurgimento agrada como um Syfy comum, sem grandes diferenciais. Aos fãs de Independence Day, aconselho que assistam com expectativas baixas e a mente bem aberta.

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