O livro Despertar, segundo da trilogia Darkest Powers vem para trazer ainda mais ação e maior desenvolvimento dos personagens além de dar uma ótima abertura para o último livro da coleção.
A trama inicia com Chloe no hospital, após ser traída por sua tia, Lauren, e enviada contra sua vontade à clínica. A garota está preocupada com os irmãos Simon e Derek, pois não sabe o que aconteceu após a fuga deles. O Dr. Davidoff usa a preocupação de Chloe pelos meninos para que a jovem ajude a encontra-los. O Dr. diz que Simon tem diabetes e que se não tiver insulina, pode ser muito prejudicial para a saúde do garoto. Ela se sente confusa em contar onde os irmãos podem estar, mas prefere confiar em Derek e esperar que ele consiga os remédios para o Simon. Com isso, a jovem se concentra em tentar fugir.
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O começo da narrativa é um pouco mais arrastada, sobretudo pelo ambiente em que Chloe
está, onde ela não pode fazer nada, se não seguir o que o Dr. Davidoff diz. Porém, como um todo o livro tem bastante ação. Um ponto importante a ressaltar é o desenvolvimento de Chloe, mesmo no início. A cada desafio ela está mais esperta e atenta. Enquanto no primeiro livro ela era inocente e um pouco medrosa, agora ela está mais astuta e utiliza todas as oportunidades para agir.
Durante todo o tempo, a garota tenta encontrar brechas para conseguir fugir do lugar. Além disso, ela aproveita alguns momentos para tentar obter mais informações sobre o que a equipe do Dr. Davidoff pretende fazer com os superdotados, e até mesmo o que fizeram com Liz.
Temos também algo inusitado como a Tori, que acaba se tornando uma personagem forte e importante durante a narrativa. E por conta da situação em que estão Tori e Chloe se tornam aliadas, mesmo com as inúmeras diferenças entre elas. Simon não aparece tanto na narrativa em comparação ao primeiro livro, Invocação. Contudo, a escritora proporcionou várias oportunidades para Chloe e Derek estarem juntos, o que torna
a relação deles cada vez mais próxima. Em alguns momentos, pelo excesso de grosseria de
Derek que já conhecemos no primeiro livro pode incomodar o leitor, mas uma boa sacada de Armstrong foi fazer com que Chloe não aceitasse mais que ele agisse assim com ela, o que nos mostrou mudanças positivas na personagem principal.
Mesmo que não tenham momentos de romance, a autora dá a entender que esse será um tema abordado no terceiro livro da trilogia, intitulado Confronto.
As cenas de ação são boas, além disso, é possível notar que a escritora quis trazer a Chloe mais para a aventura, dando oportunidades de ela vencer o medo e agir, o que é muito importante para a sobrevivência dos adolescentes. Sem contar os poderes da garota que foram muito bem explorados e desenvolvidos.
Temos a todo momento aquela camada de mistério que sentimos na primeira obra, algumas perguntas são respondidas, mas nessa leitura algumas outras são abertas a espera que o terceiro e último volume da coleção responda nossas dúvidas.