Novamente trazendo uma trilogia de fantasia cheia de magia, Nora Roberts lança a saga ” Os Guardiões“. Quem já está familiarizado com esse tipo de livros da autora já sabe que eles possuem um certo padrão – do qual não nos importamos-. No caso de Estrela da Sorte, podemos ver que Nora propõe algo maior, mesmo que siga o conhecido formato que mistura romance e aventura.
A trilogia gira em torno da Estrelas da Sorte, que, séculos atrás, foram o presente de três deusas para uma rainha que ascendia ao trono. Para ser algo verdadeiramente especial, cada uma criou uma estrela- de fogo, água e gelo-, e colocou em seu interior um desejo à rainha. Porém, a ambiciosa deusa Nerezza não gostou de ser deixada de lado e lançou uma maldição nas estrelas. Um dia, elas cairiam e ela iria atrás delas para pegar o poder para si.
“Um dia elas cairão, as estrelas de fogo, gelo e água. Cairão de céu com todo o seu poder, seus desejos, a luz e a escuridão. – Rindo, Nerezza ergueu os braços como se para arrancar as estrelas do céu. – E quando caírem em minhas mãos, a lua morrerá e a escuridão vencerá.”
Para evitar essa triste sina, durante décadas são designados Os Guardiões, geralmente passando a missão por gerações. Eles precisam reunir as estrelas e evitar que caia nas mão de Nerezza. Nesse primeiro volume, somos apresentados ao grupo, que está se reunindo agora. O foco maior é em Sasha Riggs, que possui o dom da vidência, mas que luta contra ele por conta das dificuldades que teve para se adaptar e ser aceita. Ainda assim, ela sonha com cinco pessoas que irão se unir com ela em uma paisagem bem especifica, que representa em seus belos quadros e acaba por descobrir ser em Corfu, na Grécia. Em um momento de coragem, resolver embarcar para lá. Em pouco tempo encontra a arqueóloga Riley Gwin e o mágico Bran Killian e assim começa a se forma o sexteto. Cada um com seu dom, vão se unir para completar essa missão.
O foco no romance desse livro é entre Sasha e Bran, que logo de inicio já a ajuda a lidar com seu dom. Entre vários momentos de tensão, investigações e batalhas perigosas, vemos o amor começar a acontecer, mas não ser tão destacado como nas obras antecessoras da autora.
Roberts não tem medo de ousar na fantasia, colocando elementos que ainda não haviam sido explorados e aumentam muito a complexidade dessa trilogia. Deuses e estrelas é só o começo, durante a narrativa outros elementos bem fortes são apresentados, com calma, mantendo um interessante mistério acerca dos personagens e dando um interessante diferencial à obra.
Estrelas da Sorte abre de maneira intrigante a trilogia, apresentando a trama e aguçando a curiosidade do leitor, não para saber como essa saga termina, mas para conhecer melhor as próximas protagonistas pra lá de interessantes que foram apresentadas.