Resenha: Eu Perdi o Rumo- Gayle Forman

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Gayle Forman possui o talento de abordar assuntos extremamente sérios de forma sutil em suas obras juvenis. Em Eu Perdi o Rumo, a autora retorna a essa narrativa, apresentando uma história que se passa em apenas um dia e parece bem simples, porém fala de problemas pessoais bem sérios dos personagens.

Os três protagonistas se encontram por acaso em uma praça de Nova York. Freya cai em Nathaniel, com Harun de testemunha e assim suas vidas se cruzam. Cada um está passando por um problema grave em sua vida pessoal, mas ao se encontrarem conseguem o apoio necessário para enfrentá-los.

Freya é uma subcelebridade, uma jovem e promissora cantora que acaba de perder a voz. Ela tem medo de ser esquecida pelos fãs ao ser demitida por seu agente, assim como sua família parece a ter esquecido. Já Nathaniel é um jovem que foi criado por um pai imaturo e após sofrer várias decepções na vida, está em Nova York apenas com uma mochila, um plano desesperado e absolutamente nada a perder. E Harun é um jovem de origem paquistanesa que não tem coragem de assumir sua orientação sexual para a sua tradicional família e por isso acabou de perder o namorado que tanto ama.

Ao se conhecerem, eles sentem uma grande ligação e parece que tudo que precisavam era de um pouco de apoio para conseguir enfrentar seus dilemas. Essa é a grande mensagem de Forman nesse livro, onde podemos ir longe quando temos algum apoio. Quando chegamos ao fundo do poço, ou perdemos o rumo, é apenas com a ajuda de uma pessoa querida, que vamos superar essa fase.

Focando na amizade, a autora mostra que às vezes um amigo pode amar de maneiras que nem mesmo a família consegue. Enquanto os personagens estavam em crise com suas respectivas famílias, foi o amor de recém conhecidos, que possuem uma grande ligação, que deu a força necessária para continuar.

Os romances de Gayle Forman sempre passam uma bonita mensagem, e apresentam um ponto de vista bem profundo sobre problemas menosprezados pela sociedade. Eu Perdi o Rumo não foge à regra, apresentando uma linda moral e explorando situações que podem parecer comuns, porém podem arrasar com uma pessoa quando vivenciadas.

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