Resenha | O Buraco da Agulha – Ken Follett

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Publicado originalmente em 1978, O Buraco da Agulha é uma obra muito conhecida de Ken Follett, que já ganhou uma adaptação cinematográfica protagonizada por Donald Sutherland, e várias novas edições. Atualmente, a editora Arqueiro publicou a edição comemorativa de 40 anos do livro.

A trama acompanha Henry Faber, espião alemão e homem de confiança de Hitler. Conhecido como A Agulha, ele atua na Inglaterra quando descobre segredos que prometem mudar o ruma da segunda guerra mundial e precisa levar rapidamente suas informações para a Alemanha. É nesse momento que começa a ser perseguido pelo serviço secreto britânico, que quer acabar com sua vida a qualquer custo.

Follett permite que o leitor acompanhe os acontecimentos pelos dois lados da aventura, empregando o seu conhecido talento em trabalhar simultaneamente com vários personagens, mantendo a riqueza na construção de todos. Com isso, ele narra de uma maneira bem realista as artimanhas da espionagem através de Faber, enquanto mostra interessantes estratégias militares pelo lado do serviço secreto. Entretanto, convém ficar atento a essa leitura, pois em meio a tantas estratégias comentadas, é fácil se perder nos nomes citados.

Um bom espião precisa de um romance, e é aí que entra Lucy, com quem Henry se envolve e acaba sendo a personagem perfeita para mostrar a força feminina. Inicialmente se mostrando apenas bela e carente, Lucy acaba revelando sua coragem, uma adversária à altura dos perigosos espiões.

A narrativa do autor é o que justifica o sucesso de seus livros, sabendo construir e se aprofundar nas personalidades dos personagens, Follett mantém seu foco neles e uma opinião neutra sobre a guerra. Em O Buraco da Agulha, acaba sendo um tremendo diferencial, já que não cai na armadilha de tentar mostrar o lado bom ou ruim dos envolvidos na guerra.

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