“Quando morremos, será que a alma morre também?”
O tema imortalidade talvez seja uma das narrativas mais clichês que existam. São diversos livros, filmes, séries em que a temática está estampada em cada local que possamos imaginar. E também em nosso imaginário.
Os livros, principalmente, já trouxeram diversos personagens imortais e a ideia desta busca, que podemos trazer dentro de nossas lembranças, desde aventuras escritas por filósofos gregos, e livros como Frankstein, Drácula e etc, até outros bem mais atuais. O Primeiro Imortal segue essa linha, mas com um enredo envolvendo a pergunta no início da resenha, onde não apenas questiona uma parte espiritual, mas também científica, e de uma maneira tão direta, que a torna, talvez, a única.
O Primeiro Imortal traz personagens, empresas e histórias baseadas em nosso mundo, com pessoas que buscam a vida eterna de diversas maneiras. É impossível ler e não parar para ir procurar por estas companhias e os Imortalistas que são descritos no livro. E ao encontrar muitas destas histórias e até mesmo algo semelhante a esta sociedade secreta, um sorriso de assombro se estampa no rosto do leitor.
A narração da história é feita por uma pessoa X, que não colocarei para não trazer spoilers, já que é uma das primeiras reviravoltas do livro. Na sequência, quando menos se espera, outras são apresentadas e um fio vermelho começa a aparecer dentro desta aventura, onde percebemos o quanto as pessoas e o planeta estão interligados.
Como fica claro, a humanidade modificou de muitas formas o planeta, desde sua geografia até mesmo o clima. Interferimos de muitas formas, e algumas delas trouxeram um “q” até positivo, dentro de um mal que foi cometido, como por exemplo, o aquecimento global, que degelou muitas geleiras, mas também revelou animais já extintos a milhões de anos. Ou seja, sem esta interferência negativa, não teríamos descoberto tanto o que está abaixo do nosso solo. Por este motivo, o autor nos faz pensar em nossas ações.
São perguntas que o autor nos coloca em cada personagem que entra e sai da trama. Cada um deles, praticamente um pedaço de nós mesmos.
O Primeiro Imortal pode não ser a primeira obra a abordar este tema, mas com certeza será aquela que te fará questionar o que é realmente a “busca” e até onde estamos dispostos a ir por esta jornada.