Nono volume da saga Outlander, Diga às Abelhas que Não Estou Mais Aqui foi objeto de uma longa espera para os fãs e possivelmente muita ansiedade. Enfim publicado no Brasil, o livro chega com 1043 páginas que prometem gerar as reações mais diversas nos leitores.
***Atenção! Não continue a leitura se não leu os outros volumes da série, pode conter Spoilers.***
A espera foi muito longa. Sem notícias e com o final chegando -apenas mais dois livros para acabar a saga-, o desfecho do oitavo livro de Outlander deixou um sentimento de desespero nos fãs que já se sentem familiares de Jamie, Claire e todo seu clã. Uma mistura de ansiedade para saber que fim terá essa longa aventura, com o sentimento eminente de luto por dizer adeus aos Frasers, Diga às Abelhas que Não Estou Mais Aqui foi muito aguardado.
O título faz referência a um antigo costume celta de contar às abelhas notícias importantes da família para que elas possam levá-las para a próxima colmeia ou enxame. E aqui é exatamente o que acontece, com a diferença das notícias serem um pouco diferentes das rotineiras do costume da época.
A trama continua com a questão de Jamie e os Patriotas, onde tudo parece tranquilo e as opiniões opostas respeitadas. No entanto, as coisas esquentam à medida que o conflito se torna mais perigoso e mais próximo de casa. A história segue com as costumeiras excursões e batalhas, momentos com os Mohawks e aparições de figuras históricas. Entre traições, tristezas e perdas, a vida cotidiana é mostrada da maneira incrível que Gabaldon já se provou inúmeras vezes capaz de fazer.
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Conforme os volumes de Outlander foram avançado, Diana foi ficando cada vez mais cotidiana, sendo amparada pela familiaridade dos leitores com seus personagens e os perigos eminentes sempre cercando os queridos Frasers e companhia. Isso tudo sempre repleto de conteúdo histórico. Diga às Abelhas que Não Estou Mais Aqui ainda investe nesse conteúdo histórico, mas é possívelmente o livro mais contidiano de todos- e o mais ameno. Entre a ameaça da revolução chegando, muitas personalidades reais aparecem, enquando as vidas familiares são exploradas. Saindo do comum, esse livro usa pouco das conhecidas situações de extrema violência- principalmente psicológica-, que levam os fãs a sofrer com seus queridos familiares escoceses, sendo o mais leve nesse sentido.
Por mais de metade do livro, pouca ação acontece, consistindo principalmente em reflexões e tramas cruzadas entre os personagens. A narrativa é bastante difusa à medida que segue mais de seis grupos diferentes vagando em missões secundárias e suas respectivas reflexões. Esse núcleo secundário ganha bastante foco, com os personagens recorrentes sendo consideravelmente menos explorados nesse volume.
Diga às Abelhas que Não Estou Mais Aqui é o caminho para final, deixando isso bem claro ao investir na profundidade intíma de seus personagens. Começando a fechar histórias e tramas de diversos personagens, a narrativa investe um pouco na nostalgia, resgantando alguns acontecimentos e pessoas que há muito não apareciam e deixando nos fãs a antecipação do sofrimento do fim.
Veja as resenha dos outros volumes da saga Outlander clicando aqui.